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Papa Francisco se encontra com refugiados na Hungria e pede fim da indiferença

today29 de abril de 2023 8

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No segundo dia de sua visita à Hungria, neste sábado (29), o Papa Francisco se encontrou com refugiados e pediu para “erradicar os males da indiferença”. Cerca de mil fiéis participaram de um evento com a presença do pontífice na igreja neogótica de St. Elisabeth, construída no final do século XIX, no coração de Budapeste.

Apresentando uma saúde frágil, o papa argentino de 86 anos chegou a Hungria na sexta-feira (28). Esta manhã, ele se reuniu com cerca de 600 refugiados, principalmente da Ucrânia, além de pessoas pobres.

Ucranianos seguram bandeira do país na Igreja de Santa Isabel da Hungria enquanto esperam a passagem do Papa Francisco pelo local. — Foto: REUTERS/Bernadett Szabo



Papa Francisco na Igreja de Santa Isabel da Hungria. — Foto: REUTERS

Em um discurso diante do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, conhecido por sua política anti-imigração, Francisco alertou contra a “rigidez” e a tendência de “isolamento” nacionalista.

Depois de ouvir vários testemunhos, incluindo o de Oleg Yakovlev, um ucraniano pai de cinco filhos que disse ter fugido de seu país durante a guerra, o papa agradeceu aos húngaros. Em particular, às associações religiosas “pelo esforço feito na caridade” e “pela forma como acolheram – não só com generosidade, mas também com entusiasmo – muitos refugiados da Ucrânia”.

Elena, uma dançarina ucraniana de 43 anos que não quis revelar seu sobrenome, disse que tinha vindo “para ver o papa que é um grande defensor da paz”. “Tenho um menino de nove anos e a única coisa que importa é que nossos filhos ainda estão vivos”, disse ela junto com a irmã, Vika. “Aqui não tivemos problemas, mas queremos voltar rapidamente”, confessou.

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Ucranianos não ficam na Hungria

Desde o início do conflito, mais de dois milhões de ucranianos transitaram pelo território húngaro, embora apenas 35 mil tenham solicitado o status de “proteção temporária” implementado pela União Europeia (UE), segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

A posição ambígua de Orbán sobre o conflito não encoraja os ucranianos a permanecerem na Hungria. O líder nacionalista vai contra a solidariedade demonstrada pela UE e pela Otan e recusou-se a enviar armas para Kiev, mantendo laços estreitos com o Kremlin.

Na sexta-feira, o papa pediu a recuperação do espírito europeu e a rejeição da “agressividade adolescente” em meio ao crescente nacionalismo e à guerra na Ucrânia.

Papa Francisco em encontro com Viktor Orbán, na Hungria, em 28 de abril de 2023 — Foto: Vatican Media/­Handout via REUTERS

A Hungria construiu cercas em suas fronteiras e restringiu a apresentação de pedidos de asilo em suas embaixadas no exterior, uma política que lhe rendeu várias condenações do Tribunal de Justiça da UE.

No ano passado, apenas 18 pessoas obtiveram a condição de refugiado, um número insignificante em comparação com outros países do bloco.

O papa também se reuniu com crianças e jovens com deficiência que cantaram para ele. No final da manhã, Francisco visitou a comunidade greco-católica, uma igreja oriental de rito bizantino que reconhece a autoridade do papa.




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Por: G1

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