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Parlamento de Israel aprova lei que permite ao governo de Netanyahu fechar a Al Jazeera

today1 de abril de 2024 6

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Antes mesmo da votação, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu havia afirmado, por meio do porta-voz de seu partido, o Likud, que “tomará medidas imediatas para fechar a Al Jazeera, de acordo com o procedimento estabelecido na lei”.

A Al Jazeera é uma rede de TV com sede no Catar, que recebe financiamento direto do regime de Doha, embora afirme manter independência editorial.

Israel já havia acusado a emissora de provocar agitação contra o país entre os telespectadores árabes.



A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que a lei é “profundamente preocupante”. Os Estados Unidos são os maiores aliados de Israel.

Procurados pela agência Reuters, o principal escritório da emissora em Israel e o governo do Catar não responderam imediatamente a um pedido para comentar a fala do premiê. A Al Jazeera já acusou Israel de atacar deliberadamente os seus escritórios e seu pessoal, incluindo jornalistas da emissora em Gaza.

Autoridades israelenses reclamam há muito tempo da cobertura da Al Jazeera, mas não chegaram a tomar ações, cientes do financiamento do Catar aos projetos de construção palestinos na Faixa de Gaza – vistos por todas as partes como um meio de evitar o conflito.

Rodadas de negociações em Doha

Desde a guerra em Gaza, que eclodiu em 7 de outubro, com assassinatos e sequestros cometidos pelos combatentes do Hamas, que controla o território, Doha tem mediado negociações de cessar-fogo. Em novembro do ano passado, Israel recuperou alguns dos reféns por meio dessas conversas.

No entanto, as negociações sobre uma segunda proposta de trégua parecem não levar a lugar algum. Em janeiro, Netanyahu apelou publicamente para que Doha impusesse mais pressão ao Hamas para que este acatasse as condições de Israel. O Catar abriga o gabinete político do grupo e várias autoridades graduadas do Hamas.

Questionado se a ameaça contra a Al Jazeera poderia fazer parte de tal pressão, um porta-voz do governo israelense, Avi Hyman, não respondeu diretamente, embora tenha descrito a emissora como “empenhada em divulgar propaganda durante muitos e muitos anos”.

O ministro das Comunicações de Israel acusou a emissora em 15 de outubro de incitação pró-Hamas e de expor as tropas israelenses a emboscadas. A Al Jazeera e o governo de Doha não responderam a essas alegações.

No mês seguinte, Israel pareceu poupar a rede do Catar, ordenando, em vez disso, o fim das transmissões locais de um canal libanês pró-iraniano menor, Al Mayadeen.

O projeto de lei que deverá ser ratificado nesta segunda-feira foi aprovado em primeira leitura no Knesset, o Parlamento israelense, em fevereiro passado.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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