O governo iraniano condenou a medida.
A Guarda Revolucionária do Irã é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979 no país. Atualmente, tropas da guarda protegem os líderes do governo e fiscalizam os protestos nas ruas, entre outras funções.
Como a Guarda Revolucionária está presente na economia iraniana por meio de inúmeras empresas que controla direta ou indiretamente, o texto também pede a proibição de “qualquer atividade econômica ou financeira” com essas empresas.
O texto, aprovado pelos deputados europeus em sessão plenária no Parlamento, destaca que as forças Al-Quds e a milícia paramilitar Basij, filiadas à Guarda Revolucionária, também devem ser incluídas na lista.
A moção sobre esse pedido foi anunciada na quarta-feira na sessão plenária do Parlamento Europeu e provocou uma reação imediata do governo iraniano.
Foto de setembro de 2014 mostra a Guarda Revolucionária Iraniana marchando durante a parada militar anual marcando a guerra do Irã contra o Iraque (1980-88) em Teerã. — Foto: Behrouz Mehri /AFP
Em conversa telefônica com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, alertou que tal decisão teria “consequências negativas”, disse o Ministério em comunicado.
O ministro “criticou fortemente a posição emocional do Parlamento Europeu e qualificou a decisão como inadequada e incorreta”, acrescentou a mesma fonte.
Desde meados de setembro, o Irã é abalado por uma onda de protestos contra o poder, após a morte de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que morreu sob custódia da polícia da moralidade por não usar o véu corretamente.
Várias pessoas relacionadas aos protestos foram condenadas à morte e executadas.
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Por: G1
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