À época da proibição do funcionamento, o secretário de Desenvolvimento Econômico esteve no local e notificou o empreendimento a encerrar as atividades até a apresentação de laudos técnicos atestando a segurança dos brinquedos, o que não aconteceu segundo a Prefeitura de Itanhaém.
De acordo com a administração municipal, a direção do parque tem ignorado a ordem de interdição e mantendo o funcionamento do empreendimento normalmente. Devido a situação, um Boletim de Ocorrências foi registrado para que providencias legais sejam realizadas.
Em paralelo, a prefeitura informou estudar outros meios legais para fazer valer a ordem de interdição. O Executivo não descartou, por exemplo, acionar o Ministério Público.
O g1 entrou em contato com o parque que, por meio do seu advogado, disse não ter tido acesso ao processo administrativo e, portanto, desconhece o motivo da lacração.
Parque de diversões no litoral de SP é lacrado após montanha-russa quebrar e pessoas serem resgatadas — Foto: Prefeitura de Itanhaém
A balconista Rebeca Nascimento, de 23 anos, estava no parque quando o brinquedo parou. Ela disse que as pessoas ficaram nervosas e com medo. “Já fui no local em outras oportunidades e sempre tem alguma coisa, uma reclamação. Alguém tem que tirar esse parque de lá urgente. Não é a primeira e nem a segunda vez que isso acontece. Alguém ainda via morrer nesses brinquedos”.
Rebeca contou, ainda, que levou os filhos ao carrossel e o brinquedo também apresentou problemas. “Na curva, a porta do brinquedo [carrinho] abriu. Ele poderia ter caído e se machucado. A colaboradora foi chamada e ficou olhando no celular sem prestar atenção nas crianças”, disse.
Carrinho de montanha-russa quebra e ocupantes são retirados pela rampa de acesso em Itanhaém — Foto: Rebeca Nascimento
Essa não é a primeira vez que problema semelhante acontece na estrutura montada no bairro Satélite. No mesmo parque, em setembro, um brinquedo que simula um elevador caiu com violência e, no impacto com o solo, causou lesões nas colunas de um adolescente e da mãe dele. Uma outra criança de quatro anos precisou ser hospitalizada. Na ocasião, o parque foi lacrado pela Defesa Civil da cidade.
Parque já foi lacrado uma vez
Após o acidente com o simulador de elevador, em setembro, a Prefeitura de Itanhaém informou que o parque tinha dado entrada no pedido de alvará de funcionamento por meio do Via Rápida Empresa, que emitiu o documento provisório automaticamente. Ressaltou, ainda, que o local tinha um AVCB com validade até 23 de novembro deste ano.
Brinquedo que simula elevador despenca com violência e deixa feridos no litoral de SP — Foto: Reprodução
Confira o ordem dos fatos:
- No dia 13 de setembro, um brinquedo que simula elevador despencou com violência e deixou três feridos. Um adolescente de 12 anos e a mãe dele, de 25, tiveram lesões na coluna. Outra criança, de quatro, foi hospitalizada.
- No dia 15 de setembro, durante fiscalização após o acidente, a Defesa Civil lacrou o parque por falta de segurança. A prefeitura notificou o empreendimento a encerrar imediatamente as atividades até a apresentação de laudos técnicos atestando a segurança dos brinquedos.
- No dia 06 de dezembro, o carrinho de uma montanha-russa parou de funcionar e fez com que ao menos dez pessoas deixassem a atração pela rampa de acesso.
- No dia 07 de dezembro, o empreendimento foi vistoriado pela prefeitura para avaliação técnica dos documentos e definição do posicionamento final sobre a manutenção do alvará de funcionamento do local.
- No dia 10 de dezembro, a Defesa Civil lacrou novamente o parque. Equipes estiveram no local e analisaram a segurança dos brinquedos e da estrutura metálica do parque.
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