Entre os resgates marcantes, o do africano que passou 54 dias no oceano e só pisou em terra firme em Santos; do surfista que ficou horas agarrado à prancha, e embarcações que apresentaram problemas e ficaram sem rumo pelo mar após temporais. Confira mais abaixo:
- Pescador à deriva por 54 dias:
Homem que ficou à deriva em alto mar agradeceu capitão por resgatá-lo — Foto: Mariane Rossi/G1
“O vento rasgou a vela, era chuva, era uma coisa enorme, tristeza mesmo. Eu continuava a andar e vi que tinha saído do rumo. A gasolina acabou. Sobrevivi com peixe e água, quando tinha chuva”, disse ele.
Mendes disse que mais de 15 navios se aproximaram dele, que acenava, mas ninguém o resgatava. “Eu pensava na morte. Uma semana, duas, três semanas em alto mar, sozinho, era muito para mim”. O africano passou o aniversário de 52 anos em alto mar. Mas disse que não tinha noção de datas e nem do dia da semana.
Tripulantes lançaram boia para socorrer surfista em mar aberto em Santos, SP — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Pimentel entrou no mar em Praia Grande e foi resgatado na baía de Santos, após ser levado por uma forte corrente marítima. Ele foi socorrido pelos tripulantes, que o retiraram da água, deram roupas secas e o alimentaram até a chegada dos bombeiros.
“Eu atravessei a arrebentação das ondas, onde os surfistas costumam ficar, e fui pego pela corrente. Eu tentei sair pela diagonal, mas não consegui. Tentei nadar para a área militar [próximo ao bairro Canto do Forte] e também não consegui. Coloquei na cabeça que tinha que manter a calma”, contou à época.
Escuna fica à deriva no mar de Santos, no litoral de São Paulo, após pane mecânica — Foto: Reprodução
Um barco pesqueiro de pequeno porte foi acionado para fazer o socorro, mas também teve problemas. Com o navio do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), as equipes encontraram a escuna e o barco pesqueiro.
Verificadas as condições das vítimas e embarcações, o GBMar iniciou a manobra de reboque da escuna. No total, mais de 50 pessoas foram resgatadas. As embarcações foram conduzidas até a Ponte Edgar Perdigão, e todas as vítimas foram deixadas em segurança, sem necessidade de atendimento médico.
- Veleiro francês à deriva:
Veleiro francês é resgatado à deriva em mar do litoral de SP — Foto: Marinha do Brasil
Em 2023, um veleiro francês ficou à deriva após sofrer uma pane seca [falta de combustível] há uma distância aproximada de 30 Km da costa, na altura de Guarujá. O barco à vela estava com dois tripulantes e foi resgatado pela Marinha. Ninguém ficou ferido.
Segundo a Marinha, durante a navegação, a dupla foi surpreendida pelo mau tempo, decorrente de ventos fortes e ondas de até três metros. Após perceber que tinha ficado sem combustível, o comandante do barco acionou o Serviço de Busca e Salvamento Marítimo.
O Navio Patrulha (NPa) Maracanã iniciou as buscas, acompanhando o direcionamento informado pelo barco à vela até chegar ao ponto de encontro. Na sequência, realizou a transferência de combustível e acompanhou o barco até a atracação no porto de São Sebastião.
Chinês segue desaparecido
Fuga de chinês do hospital foi flagrada por câmeras de monitoramento em Santos (SP) — Foto: Reprodução/TV Tribuna e Arquivo Pessoal
O chinês resgatado no Porto de Santos estava com os documentos em um saco preso à perna e foi levado à Capitania dos Portos com sinais de hipotermia [temperatura corporal abaixo de 35ºC] e desorientação. De lá, foi conduzido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste, mas, depois de um primeiro atendimento, fugiu do local sem roupas. A Polícia Federal está apurando o caso.
Leonardo Fama, de 32 anos, junto a um colega de trabalho ajudou no resgate do chinês, no ultimo sábado (23). Ele atua na empresa Brasclean como operador de resposta em emergência e estava em serviço quando notou profissionais de outra companhia acenando para eles. A dupla se aproximou e ouviu sobre o homem à deriva, se deslocando ao ponto indicado.
“Na hora que avistamos a vítima, parecia cena de filme. Ele estava branco, nariz cheio de secreção, parecia que já estava morto. Notamos que ele não estava morto pelo motivo do barco encostar nele e ele dar o último suspiro e ir afundando”, relembrou Leonardo.
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