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PMs acusados por executar bandido desarmado vão responder em liberdade

today15 de dezembro de 2023 3

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Agentes estavam presos há mais de um ano. Em 2022, eles perseguiram de Bertioga a Guarujá suspeitos de terem roubado uma casa. Durante a abordagem, mesmo rendido e desarmado um dos infratores foi morto. Um outro sobreviveu após ter sido baleado três vezes.


  • No dia 15 de junho de 2022, três homens invadiram uma casa em Bertioga, no litoral paulista, onde roubaram um carro, dinheiro e objetos pessoais.



  • Os criminosos usaram o veículo para fugir e foram perseguidos por policiais militares em uma rodovia de Guarujá (SP).

  • Durante a perseguição, Everton de Jesus Oliveira, o único do trio que não foi ferido, acabou preso.

  • Na sequência, Vitor Paixão foi baleado três vezes pelos policiais. De um deles ouviu: “morre na moral aí”

  • Por fim, Kaique de Souza Passos, de 24 anos, se escondeu em uma favela. Ao ser localizado pelos policiais dentro de uma casa, ele levantou os braços, em sinal de rendição, mas, apesar disso, foi assassinado com sete tiros.

  • Dez dias depois, o Ministério Público de São Paulo, que não tinha tido acesso às imagens das câmeras presas aos uniformes dos policiais, arquivou o processo por considerar que eles agiram em legítima defesa.

  • O caso teve uma reviravolta quando a Corregedoria da Polícia Militar resolveu investigar a ação e, com base nas imagens das câmeras, encontrou uma série de ilegalidades cometidas pelos agentes.

  • Os policiais Paulo e Israel são apontados como os executores de Kaique. Os demais agentes, Diego Nascimento de Sousa e Eduardo Pereira Maciel, são citados por tentar matar Vitor

  • Os advogados dos quatro policiais alegam que eles agiram em legítima defesa e negam que eles tenham tentado obstruir a gravação das câmeras.

  • Os agentes aguardam o julgamento — sem data marcada — em liberdade

Diego Nascimento, Israel Morais e Paulo Ricardo conseguiram a liberdade provisória — Foto: Reprodução/Fantástico

Segundo a decisão obtida pelo g1 nesta sexta-feira (15), a prisão preventiva não pode ser estendida e a Justiça não tem previsão de quando ocorrerá o julgamento dos acusados. Eles, portanto, responderão em liberdade, mas estão proibidos de ter contato com as testemunhas e vítimas do processo, sendo obrigados a manter uma distância de, no mínimo, 200 metros.

  • Os policiais Paulo e Israel são apontados como os executores de Kaique de Souza Passos, de 24 anos. Na ocasião, ele levantou os braços, em sinal de rendição, mas foi assassinado com sete tiros.
  • Os demais agentes, Diego e Eduardo, são citados por tentar matar Vitor Hugo Paixão Coutinho, de 19, com três disparos. De um deles ouviu: “morre na moral aí”.
  • Everton de Jesus Oliveira, o único do trio que não foi ferido, acabou preso.

O trio está proibido de exercer atividades policiais em Guarujá (SP). No entanto, a PM poderá colocá-los em serviços internos, fora do policiamento extensivo, até o fim do julgamento. Sobre o porte de arma, a Justiça decidiu que a condição pessoal de cada um deles deve ser avaliada pela Corregedoria.

Em nota, a PM informou que os policiais conseguiram os alvarás de soltura e o processo segue em andamento pela 3ª Vara Criminal de Guarujá (SP). A corporação, no entanto, não respondeu os questionamentos sobre quais serão as medidas tomadas em relação ao porte de arma e as atividades dos acusados.

Corregedoria acusa policiais militares de executar um suspeito desarmado e já dominado

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Em nota, o advogado Renan de Lima Claro, que representa os agentes Diego Nascimento de Souza e Israel Morais Pereira de Souza afirmou que a soltura já era esperada. Ele disse aguardar a data do julgamento para comprovar a inocência dos policiais.

Renan também sugeriu que existem erros na investigação conduzida pela Corregedoria da PM. “[Os agentes] agiram nos moldes estritos da Lei e prenderam três roubadores confessos”.

O g1 tentou contato com a defesa de Paulo Ricardo da Silva, mas não a localizou até a última atualização. Questionada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse estar apurando o caso.

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Por: G1

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