A polícia espanhola afirmou que Vidal-Quadras, de 78 anos, foi atingido por um homem que estava em uma moto e que fugiu após fazer o disparo. Até a última atualização desta reportagem, a polícia buscava pelo criminoso, mas ainda não havia divulgado se sabia a motivação do crime.
O caso ocorreu no mesmo dia em que o primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, anunciou um pacto inédito com o partido separatista da Catalunha para formar governo. A aliança gerou uma onda de protestos violentos em Madri, encabeçados pelo Vox e por células neonazistas da Espanha.
Segundo o serviço de emergência de Madri, o político foi atingido na mandíbula quando estacionava seu carro. Ele levado com vida a um hospital próximo, mas também não havia informações sobre seu estado de saúde até a última atualização desta reportagem.
O crime aconteceu no bairro de Salamanca, um dos mais nobres de Madri, no centro da capital espanhola.
Alejo Vidal-Quadras, um catalão antiseparatista, era contra o pacto – que permitirá ao atual governo, socialista, seguir no poder – e criticou o anúncio em sua conta no Twitter nesta quinta. Disse que
“Foi acordado o pacto infame entre Sánchez e (Carles) Puidgemont (líder separatista catalão) que tritura o Estado de Direito na Espanha e acaba com a separação de poderes. Nossa nação deixará assim de ser uma democracia liberal para virar uma tirania totalitária. Nós, espanhóis, não permitirão isso”, escreveu.
O premiê espanhol se manifestou sobre o crime também em suas redes sociais.
“Quero transladar minha solidariedade e desejos de rápida recuperação a Alejo Vidal-Quadras. Confiamos que a investigação possa esclarecer o quanto antes os fatos”, declarou Sánchez.
Agentes do serviço de emergências de Madri protegem ambulância durante atendimento a político catalão Alejo Quadras-Vidal, baleado no rosto em uma rua de Madri, na Espanha, 9 de novembro de 2023. — Foto: Serviço de emergências de Madri via AP
Como alternativa, Sánchez, do Partido Socialista, começou a costurar uma aliança com partidos separatistas – o Junts per Catalunya, da Catalunha, e o Partido Nacional Vasco (PNV), do País Basco. As duas siglas, somadas a outras da esquerda que já apoiam os socialistas, dão a Pedro Sánchez o número de assentos para formar um novo governo.
Para apoiar Sánchez, no entanto, os separatistas catalães fizeram uma série de exigências. A principal delas era que o governo aprovasse a Lei de Anistia, que absolveria automaticamente políticos catalães condenados por terem realizado um referendo sobre a separação da Catalunha em 2017. A votação havia sido proibida pela Justiça espanhola, mas foi feita mesmo assim na região.
Esta semana, Sánchez anunciou que aceitou as exigências dos separatistas, o que gerou a onda de protestos violentos nas ruas de Madri nos últimos dias.
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Por: G1
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