Os prefeitos das nove cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, além dos gestores de Juquiá, Eldorado e Registro, no Vale do Ribeira, apresentaram a três ministros demandas voltadas a melhorias na drenagem e maior oferta de habitação às famílias em áreas de risco. Os pedidos foram feitos em reunião com a presença de diversas autoridades, nesta sexta-feira (24), na sede da Santos Port Authority (SPA). Em 15 dias, um novo encontro será realizado em Brasília (DF).
O encontro discutiu propostas que possam evitar tragédias semelhantes às registradas em 2020 na Baixada Santista e, agora, em municípios da mesma região e do Litoral Norte. Também foram apresentadas ações emergenciais para agilizar a resolução de pontos considerados críticos.
A reunião foi marcada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, que esteve acompanhado do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Deputados federais e estaduais também marcaram presença.
“Os prefeitos apresentaram as solicitações para o ministro Waldez e entre as questões estão as macrodrenagem, drenagem nos canais e a questão de novas habitações”, disse França.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, em 15 dias será realizada uma nova reunião sobre o caso, desta vez em Brasília (DF). “Faremos um check-list de tudo o que eles [prefeitos] pediram e o ministro Waldez vai dizer o que foi liberado. O que for de outros ministérios [pedidos], que seja entregue presencialmente aos outros ministérios”, explicou.
Navio da Marinha do Brasil deixou o Porto de Santos carregado com mantimentos destinados às vítimas do Litoral Norte — Foto: Marinha do Brasil
O ministro Márcio França disse que o governo federal vai ampliar os investimentos em ações de apoio aos municípios castigados pelo temporal. Até o momento foram repassados R$ 60 milhões.
“Certamente vai aumentar muito esse valor porque só o navio que chegou ontem [quinta-feira, 23], levando doações às famílias que foram atingidas pelas chuvas, tem mil homens, [e conta] com uma estrutura enorme”.
Ele falou ainda que “todas as embarcações e homens das forças armadas, cada vez que eles se deslocam, o custo não é tirado do orçamento das força armadas. O valor vai para o ministro Waldez. É importante que as pessoas saibam disso, porque o governo federal não colocou limites para poder ajudar”.
Ministros chegando para reunião com os prefeitos do litoral de SP — Foto: Daniela Rucio
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional Waldez Góes ressaltou que o governo está mobilizado para ajudar as vítimas. “É preciso que a gente aprimore cada vez mais a questão do monitoramento. Pactuar isso com todos os níveis de poder e estruturar sistemas de alerta”.
Sobre a questão das sirenes em áreas de risco, ele disse que “o alerta tem que ser no município […]. Precisamos de aletas estruturados nos municípios, sistema [de sirenes] nas áreas de maior riscos”. O ministro ressalta a mudança não passa só pela tecnologia, mas pela educação”. “Todos nós temos que nos reeducarmos para esses sistemas e entender”.
Ministros Márcio França e Waldez Góes recebem prefeitos do litoral de SP para atender demandas causadas pelas chuvas — Foto: Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal
A ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara falou que eventos como esses, exigem a união dos poderes públicos e um planejamento de ocupação cada vez mais consciente e responsável.
“Aqui na região temos o território indígena Ribeirão Silveira, com cinco núcleos que foram atingidos por essa enchente. Viemos aqui para acompanhar ‘in loco’ e ver as necessidades dos indígenas nesse momento”, disse ela.
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