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Presidente do México não gosta de reportagem, revela nº de telefone de jornalista na TV e depois justifica: ‘Estava me caluniando’

today25 de fevereiro de 2024 4

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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, se justificou nesta sexta-feira (23) por ter vazado o número de telefone de uma jornalista do “The New York Times”, que publicou uma reportagem sobre supostos vínculos de pessoas próximas a ele com narcotraficantes.

López Obrador leu o número, na quinta-feira (23), durante sua habitual coletiva de imprensa, no momento em que lia um questionário enviado a ele pelo jornal com perguntas.

A entidade encarregada da proteção de dados começou a investigar o presidente por isso. O jornal e entidades de defesa de liberdade de imprensa criticaram López Obrador.



Em reação às críticas, ele não pediu desculpas e disse que não pode haver nenhuma lei, como a que proíbe que se divulgem dados de uma pessoa, acima do princípio da liberdade. “O que acontece quando essa jornalista está me caluniando? Ela está vinculando a mim e minha família [com o crime organizado] sem provas”, disse López Obrador. Ele também disse que um setor da imprensa serve a interesses privados.

O “New York Times” afirmou, na quinta-feira, que o vazamento é uma “tática preocupante e inaceitável em um momento em que as ameaças contra os jornalistas são crescentes”.

López Obrador “disse explicitamente hoje que as leis no país não se aplicam a ele, que a violação delas por parte dele é intencional e que não se importa com as consequências para o exercício dos direitos fundamentais”, escreveu no X (antigo Twitter) Jan-Albert Hootsen, representante no México do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

O presidente “deveria se desculpar com a jornalista”, declarou na televisão Milenio Balbina Flores, porta-voz do Repórter Sem Fronteiras (RSF), depois de ter classificado o episódio na quinta como uma “represália”.

De acordo com “The New York Times”, uma pesquisa de funcionários americanos “descobriu informações que apontavam possíveis vínculos entre operadores dos cartéis e funcionários e assessores próximos” a López Obrador antes de ele se tornar presidente e já no poder.

No entanto, afirma-se que “os EUA nunca abriram uma investigação formal sobre o governante mexicano, e os funcionários que estavam conduzindo a investigação acabaram a arquivando”.




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Por: G1

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