A primavera começa oficialmente às 22h04 desta quinta-feira (22) e, segundo meteorologistas, será marcada por chuva e temperaturas amenas na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a nova estação se despede só em 21 de dezembro, às 18h48, quando tem início o verão.
O meteorologista da Defesa Civil de Santos, Franco Cassol, acredita que a primavera deste ano será semelhante à de 2021. “A gente está com uma situação climática parecida. Estamos esperando um comportamento semelhante ao ano passado”.
Willians Bini, meteorologista da Climatempo, informou que o fenômeno La Niña influenciará o clima durante a primavera e no verão por provocar o resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. “Para a primavera/verão, os modelos indicavam chuva acima da média e temperaturas abaixo da média, por conta do La Niña”, disse. (veja mais sobre o fenômeno ao final)
Segundo Cassol, em 2021 a região teve “episódios de frio se estendendo por boa parte da estação”. “Ainda em novembro, tivemos alguns dias mais frios, em que a temperatura não se elevava muito. Demorou um pouco para fazer calor no ano passado”, disse.
O profissional da Defesa Civil de Santos explicou que o inverno na região começou seco, e que agosto e setembro foram meses chuvosos, não em quantidade, mas em frequência. “A gente teve muitos dias de chuva nesses últimos dois meses com entradas diferentes de sistemas e esse comportamento deve continuar”.
O meteorologista afirmou que a tendência é que os dias fiquem mais quentes ao final da estação, com a aproximação do verão. “Existe uma amplitude grande de temperaturas dentro da primavera porque o começo ainda é, às vezes, com cara de inverno e, depois, lá para dezembro, com cara de verão praticamente. Então, ocorre essa gradual passagem de uma estação fria para quente”.
Segundo ele, nos meses de novembro e dezembro a região pode ser atingida por temporais, como maior incidência de raios e chuvas mais concentradas e fortes.
Willians Bini, afirmou que o La Niña influenciará no clima durante a primavera e também no verão. O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.
“Esse fenômeno chama muito a atenção pela sua persistência, pois atua desde o segundo semestre de 2020, passou por um breve período de enfraquecimento entre o final do outono e o início de inverno, mas, nas últimas semanas, voltou a intensificar”.
Segundo Bini, com a volta da intensificação do fenômeno, anomalias negativas de temperatura da superfície do mar (TSM) são observadas em toda a faixa equatorial. “A grande maioria dos modelos climáticos prevê que os desvios de TSM permanecerão abaixo do normal, caracterizando a permanência da La Niña até, pelo menos, o trimestre dezembro, janeiro e fevereiro de 2023”.
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Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Santos.
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