Profissionais da enfermagem em Santos realizaram manifestação, nesta quarta-feira (7), em defesa ao piso salarial da categoria — Foto: Leandro Sampaio/g1
Profissionais de enfermagem da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, se reuniram em Santos, na manhã desta quarta-feira (7), para uma manifestação pacífica em defesa do piso salarial da categoria. As novas faixas de remuneração tinham sido aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a lei foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (4).
Mesmo com chuva, a manifestação começou às 9h na Praça da Independência, no bairro Gonzaga. Dezenas de profissionais da área da enfermagem reivindicaram o piso salarial. Durante o ato, a categoria usou roupa preta para simbolizar o luto, apitos e os jalecos. Os profissionais também seguraram cartazes durante a manifestação.
Profissionais da enfermagem usaram cartazes pedindo respeito com a profissão durante manifestação na manhã desta quarta-feira (7) em Santos, SP — Foto: Leandro Sampaio/g1
Em entrevista à TV Tribuna, o diretor do Sindicato dos Servidores Estatuários Municipais de Santos (Sindest), Daniel Gomes, afirmou que o movimento foi realizado para “fazer Justiça para essa categoria que tanto cuida da gente”.
Segundo Gomes, a luta pelo piso salarial acontece há mais de 30 anos. “Foi aprovada recentemente, passou por todas as comissões da Câmara dos Deputados, passou por todas as comissões do Senado Federal, foi aprovada por quase unanimidade nas duas casas, foi promulgada pela Presidência da República e aí os sindicatos das empresas de Saúde entraram com ação no Supremo Tribunal Federal dizendo que teriam que demitir funcionários porque não aguentariam pagar o piso”, reclamou.
Diretor do Sindest afirmou que o movimento foi realizado em Santos, nesta quarta-feira (7), para ‘fazer Justiça para essa categoria’ — Foto: Leandro Sampaio/g1
O ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, no último domingo (4), a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que cria o piso salarial da enfermagem.
A decisão do ministro é válida até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso. Essas informações devem ser enviadas ao STF em até 60 dias.
Barroso ressaltou que é preciso valorizar a categoria, mas que neste momento “é necessário atentar aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados.
Profissionais da enfermagem fazem ato em defesa ao piso salarial da categoria em Santos
Quais serão os próximos passos?
Estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde têm 60 dias para enviar ao Supremo dados detalhados sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso.
Além disso, a decisão de Barroso será levada para análise dos demais ministros do Supremo nos próximos dias.
O julgamento deve ocorrer na próxima sexta (9) em plenário virtual, onde os votos dos ministros são computados no sistema eletrônico da Corte.
Profissionais da enfermagem realizaram ato, na manhã desta quarta-feira (7), Praça da Independência, no bairro Gonzaga, em Santos, SP — Foto: Leandro Sampaio/g1
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