A região de Nagorno-Karabakh, que fica no Cáucaso, é internacionalmente reconhecida como parte do Azerbaijão. Mas os moradores, em maioria, se identificam como armênios (ou seja, do país vizinho), e, em 1994, um movimento separatista instituiu um governo autônomo, com o apoio do governo da Armênia.
Até o fim da manhã desta terça, o número de refugiados que fugiram de suas casas na região e cruzaram a fronteira em direção à Armênia era de cerca de 50 mil, segundo o governo armênio. A população total da região, segundo o governo azerbaijano, era de cerca de 120 mil pessoas.
Na segunda-feira (25), o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, em reunião com autoridades norte-americanas, afirmou haver em curso uma limpeza étnica contra armênios em Nagorno-Karabakh.
O governo azerbaijano negou e prometeu que vai respeitar os direitos da população etnicamente armênia e restaurar o acesso à única via que liga a região ao país vizinho, fechada dez meses atrás.
A luta de movimentos separatistas em Nagorno-Karabakh vem desencadeando uma série de conflitos violentos desde a década de 1990, depois da dissolução da antiga União Soviética – os dois países, Armênia e Azerbaijão, faziam parte da URSS.
O primeiro deles ocorreu em 1994, quando a região quis se separar do Azerbaijão, desencadeando uma guerra que deixou mais de 30.000 mortos.
Os dois países chegaram a iniciar um novo conflito, em 2020, que terminou com conquistas territoriais do Azerbaijão e um cessar-fogo obtido com a mediação da Rússia.
Desde então, o governo russo, que manteve relações econômicas e militares com os dois países após o fim da URSS, é responsável por manter a paz na região e negociar com os dois governos por acordos de não agressão.
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Por: G1
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