Entenda, abaixo, por que Reyes é considerada uma das artistas mais icônicas da América Latina do século 20.
Emma Reyes nasceu em 9 de julho de 1919 na cidade de Bogotá, na Colômbia, onde passou sua infância e adolescência vivendo uma dura realidade de miséria e abandono.
Depois de passar a vida nas ruas da capital colombiana, Reyes foi acolhida em um convento aos 15 anos, mas os dias de clausura e trabalhos pesados no local fizeram com que a jovem fugisse cerca de quatro anos depois.
Ainda muito nova, deixou o seu país e foi viver em diferentes lugares da América Latina. Nos anos 1960, se estabeleceu na França, onde morreu em 2003.
Na Europa, conseguiu se formar em Paris e trabalhar em Capri, Veneza, Florença e Roma. Se casou com Jean Perramart, um médico francês.
Depois que estava estabelecida na Europa, Reyes teve um papel importante para a comunidade colombiana que chegava na França. A artista acolhia, orientava e aconselhava jovens migrantes artísticos que desembarcavam nas margens do Sena, ainda perdidos — o que fez com que ela ganhasse, carinhosamente, o apelido de “avó”.
Pintora autodidata, Emma Reyes começou a pintar em Buenos Aires, na Argentina. Suas obras imprimem cores e imagens da América Latina, com cenas de mercado, famílias, florestas, retratos de homens, mulheres e da própria vivência.
Antes de se estabelecer de vez na Europa, a pintora trabalhou no departamento cultural da Unesco em Washington, nos Estados Unidos. Além disso, estudou e trabalhou ao lado do artista mexicano Diego Rivera. Viveu em Israel e na Itália até fixar-se, de vez, na França.
Emma Reyes não teve educação e não queria escrever um livro com possíveis erros de ortografia e gramática. Como solução, o amigo e historiador Germán Arciniegas pediu que a artista lhe escrevesse cartas sobre sua infância. Entre 1969 e 1997, Reyes escreveu 23 cartas que, mais tarde, compuseram o livro Memórias por Correspondência, publicado apenas em 2012, depois que ela faleceu.
Antes da publicação, Arciniegas mostrou as cartas para o lendário autor colombiano Gabriel García Márquez, que também incentivou Emma Reyes a continuar escrevendo seus relatos e memórias do passado.
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Por: G1
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