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Quem é Gabriel Attal, o premiê mais novo da história da França e o primeiro abertamente gay

today10 de janeiro de 2024 8

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Gabriel Attal, ex-ministro de Educação, foi nomeado primeiro-ministro do país pelo presidente francês, Emmanuel Macron, surpreendendo os principais prognósticos.

A nomeação de Attal, em substituição de Élisabeth Borne, que pediu demissão do posto na segunda-feira (8), tornou o jovem político o primeiro-ministro mais novo da história da França.

Na França, país semipresidencialista, o cargo de primeiro-ministro na França é um posto mais burocrático e com pouco protagonismo na política, sempre liderada pela figura do presidente. No entanto, a nomeação de Attal atraiu holofotes para o cargo.



Embora o anúncio tenha sido uma surpresa, o jovem político já era um rosto conhecido na França: após dois anos como porta-voz do Palácio do Eliseu, assumiu em 2023 o Ministério da Educação, e, em poucos meses, se tornou o político mais popular da França, segundo uma pesquisa realizada pelo instituto francês Ipsos.

A popularidade veio na esteira de propostas polêmicas em escolas. Sua primeira medida à frente da pasta foi proibir o vestido muçulmano abaya nas escolas públicas, angariando simpatia de eleitores conservadores, que olhavam com desconfiança para o ministro oriundo da esquerda.

Em outra proposta, que também causou polêmica, Attal implementou um projeto piloto para uniformizar todos os alunos de escolas públicas da França, que sempre puderam ir às aulas com a roupa que quisessem. O argumento do agora premiê é que o uniforme diminui as chances de bullying.

O próprio Attal, em uma entrevista que lhe garantiu mais apoio, revelou em uma entrevista na TV pública francesa, que sofreu bullying na adolescência. Segundo ele, a perseguição de colegas ocorreu por conta de sua orientação sexual em uma das escolas privadas mais prestigiadas de Paris, a l’Ecole Alsacienne.

E, apesar da idade, a carreira política de Attal já tem quase 20 anos. Aos 17 anos, ele entrou no Partido Socialista francês, e aos 23, passou a integrar a equipe do Ministério da Saúde, durante o governo do socialista François Hollande.

Antes dos 30, Attal deu um giro na sua carreira política. Atraído por ideias liberais do então candidato à presidência e então também jovem Emmanuel Macron, um ex-banqueiro, decidiu migrar para o partido que Macron acabava de abrir, o En Marche, atual Renaissance, do qual se tornou deputado.

Na mesma época, ele anunciou a união civil com o então líder do partido de Macron, Stéphane Séjourné. A imprensa francesa especula que Attal e Séjourné se separaram, mas os dois nunca se pronunciaram sobre o suposto término.

A partir desta terça, Attal recebeu a incumbência de nomear todo o novo gabinete do governo francês ao lado de Emmanuel Macron. Em meio a uma onda de críticas e com perda de apoio no Parlamento após ser reeleito, em 2022, Macron decidiu reformular totalmente seu governo.

Attal fez carreira com o Partido Socialista, mas sempre se disse admirador de Macron, que tem adotado políticas conservadoras principalmente em áreas como segurança e imigração.

“A dupla Macron-Attal pode trazer uma nova vida (ao governo)”, disse à agência de notícias Reuters o pesquisador da Harris Interactive, Jean-Daniel Levy.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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