Mãe relata angústia da espera para que bebê recém-nascido consiga atendimento especializado em Praia Grande, SP — Foto: Arquivo Pessoal
Um bebê recém-nascido com má formação, que o impede de respirar pelo nariz, está internadono Complexo Hospitalar Irmã Dulce, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele segue entubado devido à condição respiratória, segundo familiares, e precisa de atendimento especializado.
Heytor Miguel Vieira Bernardo nasceu no último domingo e, desde então, segue internado no hospital municipal, segundo familiares, já com solicitação via Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS).
Ao g1, a mãe do bebê, Beatriz Vieira de Oliveira, relatou a angústia da espera, que logo completará uma semana. “Me disseram que não sabiam me informar o que ele tem. Eu já não sei o que fazer”.
Segundo ela, Heytor precisa passar pela avaliação de médico otorrinolaringologista, para que os exames necessários sejam realizados e um diagnóstico seja dado. Conforme Beatriz, somente exames de sangue foram realizados até o momento.
Enquanto aguarda uma vaga via CROSS, o recém-nascido segue entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do complexo hospitalar, o que segundo a mãe dele, foi a forma encontrada para que ele conseguisse respirar. “O hospital é o principal de Praia Grande e não tem um ‘otorrino’ de emergência para atender ele”, desabafa.
Beatriz explica que, desde que recebeu alta pós-parto, consegue apenas ver o filho nos horários de visita, já que não pode ficar junto com ele de forma integral.
Segundo a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), responsável pelo Hospital Irmã Dulce, a dificuldade respiratória de Heytor se trata de uma má formação congênita, e devido à urgência da situação, a solicitação para o CROSS foi inserida no mesmo dia do nascimento dele.
O bebê aguarda transferência para a unidade referência em otorrinolaringologia e assim receber a abordagem especializada pertinente ao quadro clínico. “Importante frisar que toda a assistência ao parto e os cuidados intensivos para estabilização foram e continuam sendo ofertados enquanto a criança segue no aguardo da transferência”, informou, por meio de nota, a SPDM.
O que diz o Estado de São Paulo
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo aponta que a “Central de Regulação de Ofertas em Serviços de Saúde (Cross) informa que está monitorando o caso do paciente H.M.V.B para auxiliar na busca por serviço de referência. Vale ressaltar que é responsabilidade do serviço de origem manter o paciente assistido e estável previamente. A Cross é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência, e funciona 24 horas por dia. Seu papel não é criar leitos ou vagas, mas auxiliar na identificação de uma vaga no serviço de referência apto a cuidar do caso”.
Hospital Irmã Dulce localiza-se em Praia Grande, no litoral de São Paulo — Foto: Divulgação
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