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Refugiados afegãos são transferidos do litoral de SP a novo abrigo em SP; VÍDEO

today14 de setembro de 2023 7

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Imagens obtidas pela reportagem mostram o momento da partida do grupo. Nelas, é possível ver alguns vizinhos e funcionários da Colônia de Férias na calçada acenando e mandando beijos para os refugiados que deixavam o local (veja acima).

De acordo com Paulo Illes, coordenador-geral de Política Migratória do Departamento de Migração do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), 225 afegãos passaram pela Colônia de Férias nesses quase três meses.

Iles contou que os 74 refugiados poderão permanecer por mais tempo no novo abrigo em Guarulhos, inclusive encaminhar os filhos à escola e ter acesso a um posto de saúde.



Refugiados afegãos que estavam em Praia Grande (SP) são transferidos para novo abrigo

Refugiados afegãos que estavam em Praia Grande (SP) são transferidos para novo abrigo

“O Brasil já tem mais de mil afegãos acolhidos, e esses vão para um equipamento onde poderão dar continuidade na sua vida no Brasil com muita dignidade”, disse Illes.

O coordenador-geral também frisou que a receptividade aos afegãos em Praia Grande foi muito bonita. “É um ciclo que termina aqui e fico muito feliz de ver também a vizinhança que está aqui dando abraço, se despedindo. Ouvi muitas histórias bonitas aqui de vizinhos que abriram suas casas, inclusive, para que eles pudessem aprender português”.

Procurado, o MJSP disse que atuou em todo processo de acolhimento desde junho, no aeroporto de Guarulhos, encerrando sua colaboração, até ser solicitado novamente, com a transferência dos afegãos ocorrida na noite da última segunda-feira (11). Já a Prefeitura de Praia Grande, disse que o procedimento foi realizado pelo Governo Federal.

Afegãos refugiados deixaram abrigo em Praia Grande após 71 dias e foram transferidos para Guarulhos (SP) — Foto: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas/Divulgação

Refugiados afegãos ficaram abrigados em Praia Grande por mais de 70 dias — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna

Os refugiados deixaram o Aeroporto de Guarulhos por volta das 18h de 30 de junho, quando tiveram autorização para vir ao litoral de São Paulo, onde teriam abrigo garantido. Durante a viagem, porém, ainda na estrada, um fiscal da prefeitura foi à colônia e fechou o local, no bairro Solemar. Eles permaneceram ao menos 5 horas no ônibus antes de terem autorização para seguir viagem.

Conforme apurado pela reportagem, o profissional exigiu algumas documentações do sindicato, como AVCB e o alvará de licença. O presidente da entidade Hélio Rodrigues, informou à TV Tribuna, afiliada da Globo, que a documentação estava em ordem, mas a administração municipal negou e, depois, justificou que os afegãos estão doentes e podem colocar em risco a população. Leia nota abaixo.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou, em nota, que as tratativas para o acolhimento dos imigrantes afegãos foram realizadas diretamente com o sindicato e providenciou uma nova vistoria emergencial no prédio ao Corpo de Bombeiros.

Em relação às despesas e cuidados ao grupo, o MJSP garantiu que seriam custeados pelo governo federal. “A prefeitura de Praia Grande não terá qualquer custo ou responsabilidade com este acolhimento”.

“A medida é uma ação emergencial para retirar refugiados que hoje vivem em situação delicada e precária, dos quais 35 crianças, e está sendo construída em parceria com o governo de São Paulo, prefeitura de Guarulhos, Acnur, Cáritas e outras entidades da sociedade civil envolvidas com a temática”.

Citada pelo MJSP, a Prefeitura de Guarulhos informou à reportagem que o responsável pela coordenação da transferência foi o governo federal, que o município garantiu o transporte ao litoral de SP e forneceu alimentação durante o trajeto, conforme solicitado pelos agentes da União. ”

“Todas as 177 vagas exclusivas para acolhimento de imigrantes e refugiados na cidade estão lotadas”. Sobre a decisão da Prefeitura de Praia Grande, os gestores de Guarulhos lamentaram o ocorrido.

Praia Grande preocupada com a saúde

Afegãos que estavam abrigados no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, foram encaminhados a uma colônia de férias no litoral paulista — Foto: Guilherme Gandolfi

Após fiscais terem lacrado a colônia de férias, que servirá de abrigo, a Prefeitura de Praia Grande chegou a informar, em nota, que não se opõe em colaborar com questões humanitárias e se solidarizou com a situação dos imigrantes afegãos, que estavam no aeroporto sem condições de higiene e saúde. No entanto, ressaltou que a ação não pode pôr em risco a saúde dos moradores.

A prefeita Raquel Chini (PSDB) recebeu, na tarde de 30 de junho, contato do Secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo informando que os governos federal e estadual buscavam uma parceria, sem ônus para o município, para hospedar, na Colônia dos Químicos, os afegãos por 30 dias. Ela teria sido informada que os refugiados não estariam doentes.

A administração municipal afirmou ter sido deixada de lado das conversas após o primeiro contato e chamou disse que a ação humanitária foi executada de forma “equivocada”.

Ainda com base na nota, depois que informados da vinda dos imigrantes, receberam uma “nota técnica com obrigações da cidade para recepcionar os afegãos como médicos, vacinas, exames laboratoriais, pois as pessoas estão doentes e precisam ficar isoladas”.

Um acordo entre o governo federal e a prefeitura de Praia Grande, no litoral de São Paulo, pôs fim à angústia de refugiados afegãos. A liberação para seguir os planos e abrigar os refugiados na cidade aconteceu depois de uma reunião na noite de 30 de junho entre o ministro da Justiça, Flavio Dino, e a prefeita Rachel Chini (PSDB), que fez uma série de exigências.

A chefe do Executivo pediu, durante a permanência dos afegãos na cidade, que sejam mantidos policiais federais ou estaduais na porta do abrigo para controle de acesso. Rachel também solicitou que seja montado um ambulatório com, no mínimo, dois médicos e equipes para atendimentos e tratamentos.

A prefeitura também pediu roupas de cama e banho para trocas diárias no enfrentamento à sarna, intérprete, convênio para o pagamento de exames laboratoriais e outros necessários, além da definição de um prazo de estadia.

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Por: G1

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