O g1 conversou com alguns dos refugiados, que contaram como foi a saída deles do país de origem e os desafios de ficar distante da família. A ucraniana Svitlana Nekhaeva, de 61 anos, explicou que ela veio para o Brasil com o marido, a filha, o genro e dois netos.
“Saímos da nossa cidade Kharkiv e, finalmente, da Ucrânia, porque a guerra começou. A Rússia invadiu a Ucrânia e era perigoso ficar lá. Muita gente morrendo, foi tudo muito triste. Nos afastar de outros parentes foi dolorido”, disse ela.
Ainda de acordo com Svitlana, a chegada trouxe liberdade e uma vida em paz. “Quando chegamos no Brasil, procuramos moradia e trabalho. No começo foi difícil, mas conseguimos nosso espaço e estamos tranquilos. Temos paz e agora, um ano depois, estamos encantados com essa oportunidade”, disse ela.
Já Irina Shevchenko, de 46 anos, explicou a que veio para o Brasil com os dois filhos e que essa foi a oportunidade para continuar viva. “Me sinto segura aqui, me sinto segura pelos meus filhos, sei que foguetes não vão passar por cima da minha cabeça. Sou muito grata à igreja e a todos os voluntários, graças aos quais vivemos aqui”, contou a mulher.
Sobre a visita ao litoral, Irina disse que conhecer a praia foi um momento de alegria e uma grande experiência. “Muito feliz por ter a oportunidade de visitar uma cidade maravilhosa, de conhecer pessoas maravilhosas, irmãos e irmãs, que me acolheram. Meus filhos estão felizes e eu também estou”, falou.
Irina Shevchenko na praia da Enseada em Guarujá. — Foto: Lucas Santos
O idealizador do projeto Jojó de Olivença disse que a ação humanitária de boas vindas ao grupo de ucranianos refugiados de guerra foi uma forma de oferecer um momento de alegria, de lazer, de entretenimento.
“São famílias que vem de um sofrimento inimaginável por conta de toda a guerra e ainda se encontram longe de seus maridos que estão lá na frente de batalha. Tenho certeza que eles levaram um pouquinho da experiência do que é viver no Brasil interagindo com parte do povo brasileiro”, disse ele.
Jovens refugiados da Ucrânia participam de atividades em Guarujá, SP — Foto: Lucas Santos
O Projeto Ondas tem a missão de contribuir para o desenvolvimento integral de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, despertando a consciência cidadã.
O projeto é composto por programas integrados que promovem a formação através do esporte educacional e da prática esportiva, oferecemos apoio pedagógico, inclusão digital, ensino de práticas éticas de cidadania e educação ambiental.
As atividades servem para complementar o ensino dado nas salas de aula, com reforço em português, matemática, informática, educação ambiental, palestras sobre valores, além de assistência psicossocial e jurídica para os alunos e suas famílias.
Cidades como Kiev e Kharkiv, as duas maiores do país, foram atacadas com mísseis e bombas. Tropas russas também desembarcaram em Odessa, que fica às margens do Mar Negro, e cruzaram a fronteira até Kharkiv. Ao menos 137 pessoas morreram e outras 316 ficaram feridas na Ucrânia após os ataques russos, disse o ministro da Saúde da Ucrânia, Oleh Lyashko.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Publicar comentários (0)