G1 Mundo

Rei da Holanda encomenda investigação sobre passado colonial

today7 de dezembro de 2022 31

Fundo
share close

A investigação deve durar três anos e abranger desde o final do século 16 até o presente pós-colonial. A Universidade de Leiden deve realizar o estudo em conjunto com uma comissão independente, com a participação de três historiadores e um especialista em direitos humanos.

A Holanda desempenhou um papel importante no comércio global de escravos do século 17 até a abolição da escravatura, no final do século 19. Segundo informações oficiais, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais manteve navios nos quais cerca de 600 mil pessoas foram transportadas como escravas ao longo dos séculos. As pessoas escravizadas foram forçadas a trabalhar em condições desumanas em plantações nas colônias ultramarinas holandesas no Caribe e na América do Sul.

“Entender os fatos e desenvolvimentos históricos”



“Um conhecimento profundo do passado é essencial para entender os fatos e desenvolvimentos históricos e lidar com seu impacto nas pessoas e comunidades da maneira mais clara e honesta possível”, disse o rei. “Acho importante que esse conhecimento também se torne disponível em relação ao papel da Casa de Orange-Nassau na história colonial.”

Os ancestrais do rei provavelmente possuíam escravos e também estavam envolvidos no comércio transatlântico de escravos por meio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, conforme relatado pela emissora pública NOS. A casa real também teria se beneficiado do fluxo de dinheiro de suas antigas possessões coloniais, as Índias Orientais Holandesas, atual Indonésia.

Governo vai pedir desculpas por papel na escravidão

O governo holandês anunciou que pedirá desculpas ainda este mês por seu papel na escravidão e que pretende criar um fundo com um volume de cerca de 200 milhões de euros para sensibilizar sobre o papel do poder colonial na escravatura. No ano passado, assessores do governo recomendaram reconhecer o tráfico de escravos dos séculos 17 a 19 como um crime contra a humanidade.

Em abril, o banco holandês ABN Amro pediu desculpas pelo envolvimento de seus antecessores legais no comércio de escravos, escravidão nas plantações e comércio de produtos derivados da escravidão.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

G1 Mundo

Crise institucional no Peru: veja a cronologia até presidente ser preso

Foto: Jhonel RODRIGUEZ / Peruvian Presidency / AFP Crise institucional no Peru: veja a cronologia até presidente ser preso veja a cronologia até presidente ser preso Foto: Getty Images via BBC Foto: Alessandro Cinque/Reuters Foto: Sebastian Castaneda/Reuters Foto: Martin Mejia/Arquivo/AP Photo Foto: AP Foto: Angela Ponce/Arquivo/Reuters Foto: REUTERS Foto: CRIS BOURONCLE / AFP Foto: Reprodução/@PoliciaPeru Foto: Sebastian Castaneda/Reuters quem é Foto: Sebastian Castaneda/Reuters A Suprema Corte do Peru classificou a atitude de Castillo como golpe de Estado e determinou que […]

today7 de dezembro de 2022 21

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%