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Revista Time divulga lista de 12 mulheres do ano, com brasileira; saiba quem são

today2 de março de 2023 12

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A Time fala que as escolhidas são “mulheres extraordinárias que estão liderando um mundo mais igualitária”.

Cate Blanchet, atriz australiana

Cate Blanchett recebe o prêmio de melhor atriz por ‘Tar’ — Foto: REUTERS/Henry Nicholls



Indicada ao Oscar de melhor atriz deste ano foi incluída na lista pelo exemplo de suas personagens e por seu envolvimento em temas atuais, como o aquecimento global, propondo mudanças dentro de seu setor, como o reaproveitamento de cenários e a redução de deslocamentos longos para gravações de filmes.

“Blanchett (…) está ciente de que um problema global se conecta a outro, e ainda outro. A crise climática, diz, é um dos maiores desafios que enfrentamos como espécie, e ela está alarmada com a quantidade de desperdício que vê em sua área de atuação. (…) Por que enviar uma equipe de batedores de localização quando você pode se contentar com um ou dois? Por que não conhecer virtualmente em vez de viajar?”, escreve a Time.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil

Anielle — Foto: Reprodução

O perfil publicado pela Time diz que “a ministra da Igualdade Racial do Brasil nunca planejou entrar na política”. “Então sua irmã foi assassinada”, destacou.

“A trágica história familiar, a personalidade calorosa e o uso hábil das mídias sociais transformaram Anielle, ora reservada, em uma líder improvável no movimento pelos direitos dos negros no Brasil”, descreveu a revista.

A Time destaca que Anielle tem hoje 38 anos, a mesma idade que Marielle Franco tinha quando foi assassinada e hoje é a ministra responsável por cobrar que o país dê chance a segmentos da população historicamente marginalizados.

Ayisha Siddiqa, ativista paquistanesa

A defensora de direitos humanos e do meio ambiente, Ayisha Siddiqa, fala em evento sobre equidade de gênero em Nova York em 26 de abril de 2022 — Foto: Dave Kotinsky/Getty Images via AFP

“Aos 14 anos, Siddiqa percebeu como o meio ambiente pode ser inseguro depois de testemunhar a doença e a morte – inclusive de seus avós – que vieram da água poluída do rio de sua comunidade. Aos 16 anos, ela experimentou outro despertar ao tomar consciência da ligação entre os direitos humanos e as mudanças climáticas. Para muitos, exigir ar e água limpos significava arriscar suas vidas. Crescer em uma comunidade tribal matriarcal no leste do Paquistão ajudou a moldar sua perspectiva”, diz a Time.

Angela Bassett, cantora e atriz norte-americana

Angela Bassett vence Globo de Ouro 2023 na categoria melhor atriz coadjuvante em filme — Foto: Mario Anzuoni/Reuters

A protagonista de “Pantera Negra: Wakanda para sempre” foi uma das escolhidas pela Time por “fazer história no Oscar”. Ela foi a primeira atriz de um filme da Marvel a concorrer a uma estatueta por atuação – Bassett foi uma das indicadas na categoria de melhor atriz coadjuvante da cerimônia deste ano.

Seu papel, diz a publicação, dá um exemplo para mulheres no mundo inteiro.

“Como a rainha Ramonda em Pantera Negra, Bassett retrata uma mãe sofrendo pela perda de seu filho enquanto tenta descobrir como liderar seu povo. Ela conta que sua experiência em interpretar personagens que incorporam tantas coisas ao mesmo tempo a ajudou a perceber que não há problema em ser tudo para todos o tempo todo”, escreveu a revista.

Makiko Ono, executiva japonesa

Makiko Ono, executiva da Suntory, em foto de divulgação no site da empresa — Foto: Reprodução

A multibilionária empresa de bebidas Suntory será a mais valiosa do Japão sob o comando de uma mulher. Makiko Ono assumirá a posição de CEO no dia 24 de março, em um país onde apenas 1% dos altos cargos em grandes empresas são ocupados por mulher, segundo a reportagem da Time.

Solteira, Ono disse que decidiu não formar uma família e isso foi fundamental para seu sucesso, mas que esse tipo de decisão não será mais necessária para as mulheres na sua empresa. “Hoje, 100% das funcionárias que tiveram filho voltaram ao trabalho”, disse.

Curiosamente, Ono fala português, uma língua que aprendeu inspirada pelo seu amor à bossa nova.

Masih Alinejad, jornalista iraniana

A jornalista e ativista dos direitos das mulheres iraniana Masih Alinejad participa da conferência em Munique, no sul da Alemanha, em 18 de fevereiro de 2023 — Foto: Odd Andersen / AFP

Exilada do Irã em 2009, a ativista Masih Alinejad luta contra as restrições impostas às mulheres em seu país, entre elas o uso obrigatório do véu islâmico. Perseguida politicamente, ela vive nos EUA com o marido e o filho em uma casa secreta, protegida pelo FBI, e já sobreviveu a pelo menos duas tentativas de assassinato.

“O Irã está dentro de mim”, disse ela na entrevista para a TIme. “Estou lá todos os dias através das minhas redes sociais.”

Em 2014 ela começou uma campanha onde pedia que as iranianas enviassem vídeos sem o véu, feitos dentro de suas casas, para ela postar em seu Instagram. Quando Mahsa Amini foi assassinada por não usar o véu corretamente, ela pediu que todas as feministas do ocidente apoiassem, cortassem o cabelo, queimassem um lenço de cabeça, fizessem algo que ampliasse o debate e dessem força ao protesto dentro do Irã. “Use sua liberdade para dizer o nome dela”, escreveu ela no ano passado.

Megan Rapinoe, jogadora de futebol norte-americana

A jogadora Megan Rapinoe comemora depois de marcar gol contra a França na final da Copa do Mundo 2019 — Foto: Franck Fife/AFP

A jogadora da seleção feminina de futebol dos EUA conquistou pagamento igual aos dos jogadores masculinos após anos de luta e negociações. Ela chegou a ouvir que o trabalho das mulheres não era equivalente em termos de “habilidade, esforço e responsabilidade”. A mobilização, e conquista, de Rapinoe inspira outras mulheres ao redor do mundo, inclusive fora do campo de futebol.

Olena Shevchenko, ativista ucraniana

Olena Shevchenko, ativista ucraniana pelos direitos das mulheres e comunidades LGBTQIA+, em foto divulgada nas redes sociais — Foto: Reprodução/Facebook

Antes mesmo da invasão da Rússia, a ativista Olena Shevchenko já era uma das principais defensoras das mulheres e comunidades LGBTQIA+ na Ucrânia. “Você tem que lembrar aos outros que as mulheres não são apenas pessoas que você precisa para dar à luz novos soldados e para cuidar de nosso heróis”, disse Shevchenko, reforçando que as mulheres são sim muito ativas na guerra em “diferentes frentes de batalha”.

Phoebe Bridgers, cantora e compositora norte-americana

Phoebe Bridgers no Met Gala 2022 — Foto: Mike Coppola / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Ramla Ali, campeã de boxe somali, modelo e ativista dos direitos dos refugiados

A boxeadora Ramla Ali luta contra Mikayla Nebel em Las Vegas, EUA, em 29 de maio de 2021 — Foto: David Becker/Getty Images via AFP

Além de campeã de boxe, Ramla Ali, da Somália, é também modelo, filantropa e embaixadora do fundo da Organização das Nações Unidas para a infância (Unicef). Mas para a Time, ela se destacou também ao se tornar uma voz importante na luta pelo direito dos refugiados.

Ali se mudou para o Reino Unido quando pequena junto de sua família, que ganhou asilo no país.

Lá, ela criou e mantém uma ONG que dá aulas de boxe gratuitas a mulheres de baixa renda, principalmente as de minorias étnicas e religiosas com quatro filiais em Londres e uma em Los Angeles.

Quinta Brunson, escritora, produtora e atriz norte-americana

Quinta Brunson chega ao Globo de Ouro 2023 — Foto: Mario Anzuoni/Reuters

A Time afirmou ter incluído Brunson na lista por conta de sua série de comédia, Abbot Elementary, que, segundo a revista, faz um “retrato satírico, mas amoroso, de professores, zeladores, diretores e pais de alunos tentando sobreviver em uma escola pública subfinanciada”.

A série venceu três Emmys este ano, de melhor roteiro, melhor elenco e melhor atriz coadjuvante.

Verónica Cruz Sánchez, ativista mexicana

Verónica Cruz Sánchez, ativista mexicana, durante evento no México em 2014 — Foto: Niktehabrc/Wikimedia

A ativista feminina mexicana se destacou, segundo a Time, por liderar um grande movimento que ajuda mulheres de áreas do México onde o aborto é criminalizado, a interromperem a gestação de forma segura. Agora, Sánchez cruzou a fronteira e tem levado o mesmo trabalho para o Texas, nos Estados Unidos, onde o procedimento também é ilegal.

“Cruz e seus colegas trabalharam para distribuir misoprostol, uma pílula abortiva aprovada pela OMS, em Guanajuato, ajudando as mulheres a se sentirem confiantes em sua segurança e inspirando redes semelhantes em outros estados mexicanos. Nos últimos 18 meses, Cruz, uma mulher pragmática e de fala rápida de 52 anos que faz campanha por organizações de justiça social desde a adolescência, expandiu o Las Libres para os EUA. Em maio de 2021, ela recebeu uma enxurrada de mensagens de americanos perguntando como ajudar as mulheres afetadas”, diz a revista.

O critério da Time para fazer a lista foi escolher mulheres de diferentes lugares do mundo que “tiveram um impacto significativo em suas respectivas comunidades”.




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Por: G1

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