A fala foi parte de um comunicado lido durante o encontro “Pare Trump”, ocorrido em Nova York, e organizado pela revista New Republic. O ator estaria presencialmente no evento, mas testou positivo para Covid e não pôde comparecer. Assim, enviou o comunicado, lido na última quarta-feira (13) por Miles Taylor, ex-funcionário da administração do governo Trump, que publicou livro contra o ex-presidente.
No comunicado, De Niro, de 80 anos, fala sobre a sua vasta experiência como ator, e da forma como se preparava para interpretar personagens maus, e que tinham uma vida complicada. E disse que Trump é ainda pior que eles.
“Eu passei muito tempo estudando homens ruins. Eu examinei as características deles, os trejeitos, a banalidade da crueldade deles. E ainda assim tem algo diferente sobre Donald Trump. Quando olho para ele, eu não vejo um homem mau. Vejo um homem demoníaco”, falou o ator, em trecho da sua carta.
Robert de Niro afirmou, ainda, que Trump não tem “senso de certo ou errado” e que o ex-presidente é o responsável pela crise que o país viveu em 2020 por causa da Covid.
“Esse cara tenta ser gangster, mas não consegue. Ele é um cara do tipo ‘quero ser durão’ que não tem moral e ética. Não se importa com ninguém a não ser ele mesmo – nem as pessoas que ele deveria liderar e proteger, nem as pessoas com quem ele negocia, nem as pessoas que o seguem cegamente e fielmente, nem mesmo as pessoas que se consideram amigas dele. Ele não se importa com nenhum deles”, atacou.
Pai pela sétima vez em março deste ano, De Niro ainda tentou falar para os fãs de Trump, dizendo que eles “não são burros” e que “não devem ser condenados por fazerem uma escolha ruim”. E que com eles, a discussão deve ser outra.
“Não vamos falar sobre democracia. Ela pode ser o nosso norte sagrado, mas para outros é apenas uma palavra, e sob o comando de Trump, eles apenas viraram as costas para ela. Vamos então falar do que é certo e errado. Vamos falar de humanidade, de gentileza. Segurança para o nosso mundo e as nossas famílias. Decência. Vamos permitir o retorno deles”, bradou.
Não é a primeira vez que o ator de filmes como Homens de Honra (2011), O Poderoso Chefão (1974), Os Bons Companheiros (1990), Os Intocáveis (1987) e outros, e ainda ganhador de dois Oscars e um Globo de Ouro, critica Trump. Em 2016, durante a campanha do empresário à presidência, ele rendeu críticas pesadas ao hoje ex-presidente.
“Ele é descaradamente estúpido. Ele é um cachorro, um porco. Um golpe. Um artista de m… . Um vira-latas que não sabe o que está falando”, falou na ocasião. E em 2019, De Niro falou que “mal podia esperar para vê-lo na prisão”.
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