O governo chinês tem procurado desenvolver novas rotas marítimas no Ártico, no Polo Norte, e expandir sua pesquisa na Antártica. Os governos de países do Ocidente temem que a crescente presença chinesa nas regiões polares possa ajudar o exército chinês a aumentar o poder de vigilância do país.
A nova estação está sendo construída em uma ilha perto do Mar de Ross. As instalações deverão incluir um observatório e uma estação terrestre de satélite. Com isso, a China vai ter mais capacidade de acessar o continente, disse o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o centro de pesquisas responsável pelo estudo.
O centro usou fotos de satélite tiradas em janeiro para identificar novas instalações de apoio, edifícios temporários, um heliporto e estruturas para um edifício principal. A estação deve ter 5.000 metros quadrados. Estima-se que a construção pode ser feita até 2024.
O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais afirmou que a estação pode servir para monitorar os satélites científicos da China, mas que lá pode ser colocado equipamento para interceptar as comunicações por satélites de outros países.
A estação está bem posicionada para coletar sinais de inteligência sobre a Austrália e a Nova Zelândia —por exemplo, os chineses poderiam recolher dados sobre os lançamentos de foguetes do Centro Espacial Arnhem, da Austrália.
O Centro de Estudos Estratégicos também disse que, embora os Estados Unidos ainda mantenham uma presença de pesquisa maior na Antártica, a presença da China está crescendo mais rapidamente. A quinta estação da China ficará a 320 quilômetros de uma estação dos EUA.
Sob o Tratado Antártico de 1959, do qual a China faz parte, as atividades no continente são restritas a fins pacíficos. Os militares podem realizar pesquisas científicas, mas estão proibidos de estabelecer bases, realizar manobras ou testar armas.
Um relatório do Pentágono de 2022 disse que a China tem aumentado sua presença no Polo Sul para poder reivindicar a posse de recursos naturais que eventualmente forem descobertos na região.
A China rejeita as alegações de que tais estações seriam usadas para espionagem.
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Por: G1
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