Neymar está de volta a campo, após se recuperar de lesão no tornozelo, e com os cabelos platinados. O camisa 10 da Seleção Brasileira resolveu mudar o visual para as oitavas de final da Copa do Mundo, em jogo contra a Coreia do Sul. O responsável pela trabalho foi o barbeiro Dailson Cardoso dos Reis, de 34 anos, mais conhecido como Nariko, que há anos cuida dos cabelos dos atletas da equipe comandada por Tite.
Nascido em Valença, na Bahia, Nariko atualmente mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele começou a carreia como brincadeira, aos 13 anos, no quintal de casa. Em 2014, já trabalhando na área, fez o primeiro corte em um jogador, em Ademilson Braga, que à época jogava pelo do São Paulo.
De lá pra cá, as portas se abriram para o barbeiro no mundo do futebol. Ele cortou o cabelo de Neymar na Copa de 2014 e, depois disso, o camisa 10 fez um convite para que cuidasse do visual dos demais jogadores da Seleção.
Atualmente, Nariko é considerado uma referência entre os barbeiros. Foi matéria em vários programas na TV e internet, alguns veiculados em mais de 120 países, e é reconhecido no meio das celebridades por atender artistas e jogadores de futebol.
Corte de cabelo do Neymar que viralizou na Copa do Mundo de 2014 também foi feita por Nariko — Foto: Francois Xavier Marit/AFP
As mãos dele foram responsáveis pelos cortes de cabelos durante o ciclo olímpico da Seleção Brasileira em 2016, no Brasil, assim como na Copa da Rússia, em 2018.
Hoje em dia Nariko é proprietário de três unidades barbershop e de uma escola de formação profissional. O barbeiro também ministra workshops no Brasil e no exterior, além de ter mais de 520 mil seguidores nas redes sociais.
Nariko fez retrato de Neymar no cabelo de cliente — Foto: Mariane Rossi/G1
Por meio do corte, ele dava forma aos fios e criava desenhos e até rostos de celebridades, como Neymar e Snoop Dogg, na cabeça dos clientes. “Comecei do nada. Eu pegava a máquina da minha irmã e cortava, de graça, o cabelo dos amigos. Depois passei a cobrar R$ 1 e, com o tempo, fui subindo o preço. Por isso consegui abrir um pequeno salão e trabalhei nele durante 10 anos”, contou em 2015.
Sem imaginar onde estaria sete anos depois, Nariko afirmou em entrevista que o pensamento era transmitir a habilidade para as futuras gerações, dando oportunidade para outros jovens conhecerem a profissão. “Eu quero montar uma escola no bairro para as crianças. Na área de corte, para aprendizes, sem custo nenhum. E também quero ter uma equipe fora, que faça o serviço delivery”, sonhava.
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