G1 Mundo

Sociólogo valenciano vê atuação da torcida Yomus, de ideologia fascista, nas ofensas racistas contra Vini Jr.

today24 de maio de 2023 28

Fundo
share close

“Precisamos de força policial e judiciária contra os racistas. Não há lugar para o racismo, essa minoria fascista precisa ser expulsa do futebol”, resumiu ao Blog da Sandra Cohen o autor do livro “Somos Valencia. Futebol, poder e identidades”.

O Yomus nasceu nos anos 1980 como produto de influência dos campos de extrema direita da Inglaterra. O Valencia e outros clubes espanhóis permitiram a presença desses grupos que pregam a violência, propagam cânticos neonazistas, antissemitas e de extrema direita para animar os torcedores e difundir uma plataforma que canaliza jovens para a política, conforme observa o sociólogo.

“Há também uma influência da extrema direita na polícia espanhola, uma simpatia que facilita a sua atuação.” Dessa forma, Vicent Flor defende como solução que essas torcidas organizadas de extrema direita que promovem o cultivo do racismo, da homofobia e dos crimes de ódio, sejam intimidadas e minadas judicialmente dentro e fora dos estádios de futebol, utilizando-se os mecanismos já previstos pela Constituição espanhola.



O brasileiro Vinicius Jr., durante interrupção de jogo do Real Madrid contra o Valencia por conta de insultos racistas contra ele, em 21 de maio de 2023. — Foto: Pablo Morano/ Reuters

Os estádios refletem o que se passa na sociedade, analisa o sociólogo. Ele admite que a imagem do Valencia foi muito prejudicada, mas recusa-se a generalizar o episódio com Vinicius Jr. e criminalizar toda a torcida do clube. “O treinador do Real Madri acusou 40 mil pessoas de entoar um cântico racista, o que é falso. Sabemos onde estão os racistas”, atesta.

Em quatro décadas de existência, o grupo Yomus se notabilizou por atos violentos e agressões a torcedores que não professam a mesma ideologia. Seus integrantes ostentam suásticas tatuadas e símbolos nazistas e associados ao franquismo.

A torcida foi banida em 2019 do estádio Mestalla, após avançar violentamente contra manifestantes de esquerda no dia 9 de outubro, quando o Dia da Comunidade de Valencia é comemorado. Porém reapareceu, em janeiro passado, com nova roupagem, marcando presença na arquibancada, atrás do gol do setor norte do Mestalla, onde teriam começado as ofensas contra Vini Jr.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

entrada-da-ucrania-na-otan-no-meio-da-guerra-“nao-esta-na-agenda”,-diz-secretario-geral-da-organizacao

G1 Mundo

Entrada da Ucrânia na Otan no meio da guerra “não está na agenda”, diz secretário-geral da organização

Na última semana, Stoltenberg afirmou que todos os integrantes do grupo concordaram que a Ucrânia irá, um dia, se juntar à aliança. Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, durante evento em 16 de junho de 2022 — Foto: Yves Herman/REUTERS A Ucrânia não poderá ingressar na aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante o conflito no país, disse o chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg, nesta quarta-feira […]

today24 de maio de 2023 8

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%