G1 Mundo

Suíça e Noruega têm os melhores Índices de Desenvolvimento Humano do mundo; Somália e Sudão do Sul, os piores: veja ranking

today13 de março de 2024 8

Fundo
share close

O IDH mede dados como os de expectativa de vida, renda e escolaridade da população a partir de um índice que vai de 0 a 1 – quanto mais perto de 1, melhor.

  • Somália (193º) – 0,380
  • Sudão do Sul (192º) – 0,381
  • República Centro-Africana (191º) – 0,387
  • Níger (190º) – 0,394
  • Chade (189º) – 0,394
  • Mali (188º) – 0,410
  • Burundi (187º) – 0,420
  • Iêmen (186º) – 0,424
  • Burquina Faso (9º) – 0,438
  • Serra Leoa (10º) – 0,458

No mundo inteiro, o IDH avançou, mas de forma de desigual, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que elabora o ranking anual. A partir dos dados dos 193 países — todos referentes a 2022 — o PNUD diz ter observado que a recuperação dos anos da pandemia tem sido um processo “parcial, incompleto e desigual”:



  • Por um lado, países ricos alcançaram índices recorde e mostraram que já se recuperaram das perdas geradas nos anos da pandemia de Covid-19;
  • Por outro, metade das nações mais pobres regrediu e caiu de posição no ranking.

Pela primeira vez em três décadas, IDH mundial cai por dois anos seguidos

Pela primeira vez em três décadas, IDH mundial cai por dois anos seguidos

O Brasil caiu duas posições no ranking do IDH e passou a ocupar a posição 89 da lista, que tem 193 países. Os dados coletados para a elaboração do ranking divulgado nesta quarta (13) são de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Brasil obteve um IDH de 0,760 em 2022. O índice é semelhante ao que o país tinha antes da pandemia, quando ocupava a posição de número 84, e está um pouco acima da média mundial, de 0,739.

Apesar do desempenho estagnado há uma década no ranking, país permanece no grupo de nações com alto índice de desenvolvimento humano.

Entre os entraves para o desempenho brasileiro, segundo a ONU, está a dificuldade em dar continuidade para políticas públicas.

Isso prejudica, por exemplo, o desempenho na educação. Neste caso, o tempo médio de permanência na escola subiu muito pouco entre 2021 e 2022, chegando a 8,2 anos de estudo.

O tempo mínimo de estudo só na educação básica são 12 anos – do início da alfabetização até a conclusão do Ensino Médio.

Na América do Sul, o Brasil está atrás do Chile (44º lugar), Argentina (48º) e Uruguai (52º).

Além do crescimento de desigualdades, o mundo vive também um momento de grande polarização e de divisão geopolítica sem precedentes, ainda de acordo como relatório do IDH elaborado pelo PNUD.

Segundo o PNUD, mais da metade dos países menos desenvolvidos não se recuperou do impacto da pandemia, a maioria deles no continente africano.

Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2022 de países do mundo. O Brasil está na 89ª posição, com 0,760. O valor varia de 0 a 1 e quanto mais perto de 1, melhor. — Foto: Reprodução/Jornal Hoje

Há ainda “um grupo extremo” de países como o Sudão, o Afeganistão e Mianmar, onde, segundo o PNUD, “a combinação da pandemia, crises fiscais e conflitos, às vezes guerras civis, os levou a uma situação na qual a recuperação nem sequer está na agenda“, disse à agência de notícias AFP o coordenador da PNUD, Achim Steiner.

O Afeganistão, por exemplo, perdeu dez anos em termos de desenvolvimento humano e, na Ucrânia, o índice está no nível mais baixo desde 2004.

“Vivemos num mundo mais rico do que em qualquer outro momento da história da humanidade, pelo menos em termos financeiros (…). Mas há mais pessoas famintas, mais pessoas pobres do que há dez anos. Há cada vez mais guerras em todo o mundo, com dezenas de milhões de refugiados”, disse Steiner à AFP.

“É um mundo mais arriscado, que se volta contra si mesmo”, acrescentou o coordenador da PNUD.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

ataque-de-tanque-israelense-matou-reporter-da-reuters-‘claramente-identificavel’,-diz-relatorio-da-onu

G1 Mundo

Ataque de tanque israelense matou repórter da Reuters ‘claramente identificável’, diz relatório da ONU

A investigação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) disse que um tanque Merkava israelense abriu fogo contra o Líbano depois de 40 minutos sem nenhuma troca de tiro. "O disparo contra civis, nesse caso, jornalistas claramente identificáveis, constitui uma violação da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do direito internacional", disse o relatório da Unifil. O relatório de sete páginas, de 27 […]

today13 de março de 2024 7

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%