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“Não [quero] deixar a história do surfe morrer. [Para mim,] a importância é mostrar para o mundo que Itanhaém nessa época, principalmente, na década de 70, viveu a essência e o nascimento do surfe“, afirmou Carneiro.
Ao g1, o surfista contou que há 15 anos sonha em criar um museu e até chegou a deixar as pranchas expostas na sala da casa onde morava, que não comportou o acervo em constante expansão.
Segundo Carneiro, a ideia de criar o museu em um hostel surgiu no melhor lugar possível, no mar, enquanto surfava com o amigo Marcos Murakami, o Kito, que é dono do espaço, na Rua Lourival Fausto Muniz, 150, Belas Artes.
Museu do Surfe de Itanhaém (SP) contará com mais de 100 pranchas históricas e raras — Foto: Arquivo Pessoal
O acervo de mais de 100 pranchas conta com itens da década de 60 e, apesar de serem de diversos países, o colecionador afirmou que todas foram achadas em Itanhaém ao longo da sua vida.
Os itens são considerados raros, pois, de acordo com ele, além de serem difíceis de encontrar, e até únicas, possuem extrema importância para história do surfe.
“O acervo é um documento palpável porque ali tem pranchas de todo o lugar do mundo. Com essas pranchas achadas aqui na nossa cidade, a gente sabe que o surfe nasceu cedo aqui”, disse.
Os destaques do museu serão as pranchas feitas de fiberglass [fibra de vidro], especialidade de Carneiro. Entre elas, está uma das primeiras colocadas no mar de Itanhaém. Além das pranchas de madeira, como uma vinda do exterior em 1954. Fotos antigas da história do esporte também estarão expostas.
Surfista trocou a profissão de guarda-vidas para colecionador e restaurador de pranchas — Foto: Arquivo Pessoal e Nicolas Schukkel/Prefeitura de Itanhaém/Divulgação
Carneiro explicou que a entrada é gratuita, já que, para ele, o dinheiro não é o mais importante. O objetivo do colecionador com o museu é deixar um legado aos filhos de 8, 10 e 24 anos.
“Esse legado eu deixo para os meus filhos também, porque quando a gente fala de surfista, estamos falando de um ser humano que está lidando diretamente com a força da natureza. Quando você entra para o mundo do surfe, você muda a filosofia de vida das pessoas, a forma que elas veem a vida, o planeta e a natureza“, finalizou.
Carneiro e Kito no Museu do Surfe de Itanhaém (SP), que funcionará no hostel Ohanalu — Foto: Arquivo Pessoal
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