O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), avaliou os atos antidemocráticos um mês após os episódios durante uma visita a Praia Grande, no litoral de São Paulo. “As pessoas já se convenceram que foi um ato inadequado, quase doentio, invasão dos poderes do estado. Não é compativel com o sistema democrático”, disse ele, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo.
Temer visitou Praia Grande, nesta quinta-feira (9), para conhecer alguns projetos do município. Ele esteve na escola municipal Professor Fued Temer, que leva o nome do irmão dele, e que fica localizada no bairro Guilhermina.
Michel Temer durante visita a Praia Grande, no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (9) — Foto: Anderson Firmino
O ex-presidente conheceu um projeto de publicação de livros, realizado na unidade, e os modernos equipamentos instalados na unidade, como as lousas digitais. Durante a visita, ele comentou sobre os atos de 8 de janeiro que, segundo ele, compatível com o sistema democrático.
“Por isso, tem que passar rapidamente. E, está passando rapidamente. Você vê que estamos falando de um mês e praticamente esses casos estão sendo superados”.
Ele acredita que, com as investigações, haverá a real responsabilização dos culpados. “O que eu pude verificar, pelas imagens, é que alguns entraram nos prédios, quebraram o que havia lá e etc., enfim, vandalizaram. Esses são os responsáveis. Eu acho que serão os principais apenados, o que sofrerão as mais violentas penas no sistema penal”.
Sobre o posicionamento de Jair Bolsonaro diante dos atos, ele disse que não pode fazer uma avaliação, já que o ex-presidente está fora do país. “Ninguém o responsabilizou, dos invasores. Ninguém disse que ele era o responsável”.
Atos golpistas em Brasília — Foto: JN
Em visita a Montevidéu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou chamou o ex-presidente Michel Temer de golpista ao citar que todo o benefício social que os governos petistas fizeram no país foi destruído. O ex-presidente também falou sobre essa situação, em visita ao litoral paulista, nesta quinta-feira.
“Eu não levo em conta muito isso. Confesso que durante muitas ocasiões, ao longo do tempo, ele me rotulou. Eu não dei muita atenção. Quando ele foi ao Uruguai e a Argentina, e la disse a mesma coisa, me nominou. Confesso que estive muitas vezes como presidente, no Uruguai e na Argentina, sou conhecido e tenho respeito das pessoas”, falou Temer, sobre o fato.
Ele ainda disse, que por conta do episódio, precisou publicar uma nota para dizer sobre o que foi realizado longo do governo dele como se deu a sucessão.
“Uma sucessão de natureza constitucional. Eu não dou muita importância a isso não. Apenas eu proponho que as pessoas, no geral, especialmente as autoridades públicas, tenham palavras de harmonia, palavras de paz, de pacificação, de tranquilização e não palavras que agridam, segreguem e dividam as pessoas”, finalizou.
Lacalle Pou e Lula durante a visita do presidente brasileiro ao Uruguai — Foto: REUTERS/Mariana Greif
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