Segundo Flavio Darin, a ideia surgiu do lado afetivo que ele carrega desde quando era criança. O empresário, de 42 anos, nasceu no interior de São Paulo e, desde pequeno teve contato com a natureza. Na adolescência, ele se mudou para Santos e trouxe na bagagem sementinhas. Com o tempo, Darin começou a dividir o contato com a natureza com os dois filhos.
“Eles brincavam com a terra, plantavam em vasinho e eu via a dificuldade de comprar as coisas e toda a sujeira. Aí, pensei em fazer algo que fosse mais prático e que eles aprendessem a ter tolerância e paciência. A latinha surgiu pensando em facilitar todo o processo e, ao mesmo tempo, uma interação e ser algo bem diferente que atraísse as pessoas”, contou ele.
Em 2021, Darin percebeu que o retorno dentro de casa poderia ser compartilhado com outras pessoas e foi então que ele começou a vender as sementinhas. “Tinha uma banca na minha rua que estava abandonada. Pensei em revitalizar o local e começar a vender as latinhas, e assim tornar o espaço mais agradável e mais acessível”, explicou.
Sementes de plantas são vendidos em latinhas e projeto social ajuda mais de 150 crianças no litoral de SP — Foto: Arquivo Pessoal
O kit latinha vem com terra especial, além das sementes para cultivar. Nas bancas, o público pode encontrar diversos tipos de hortaliças como mudas de manjericão, cebolinha, salsinha, coentro, cenoura, alface, erva doce, erva cidreira e tomilho.
Ainda segundo o empresário, o espaço vende ainda mudinhas de flores do amor perfeito, lavanda, margaridas, boca de leão, entre outras. O ato familiar se tornou um projeto e um empreendedorismo social. E, em dois anos, o empresário abriu três bancas de Sementes do Bem.
“Deu super certo e hoje temos uma banca no Gonzaga, uma na Aparecida e uma na Ponta da Praia. O retorno é super positivo, as latinhas são um sucesso”, disse.
O empresário disse que com o crescimento das vendas e a aceitação dos moradores e crianças, ele entendeu que o projeto deveria crescer. Por isso, ele decidiu doar parte do dinheiro das vendas para entidades beneficentes.
“A sementes do bem teria que fazer jus ao nome. Então, eu resolvi doar parte das vendas para uma instituição. Com isso, outros empresários começaram a comprar nossas latinhas e ajudar outras entidades e surgiu uma corrente do bem”, contou.
O empresário ajuda mensalmente mais de 150 crianças de comunidades carentes e mais de seis entidades parceiras. Ainda segundo Darin, ele vende as latinhas a baixo do custo para as entidades beneficentes e essas revendem, ajudando a pagar os custos financeiros e nas ações sociais.
Sementes de plantas são vendidos em latinhas e projeto social ajuda mais de 150 crianças no litoral de SP — Foto: Arquivo Pessoal
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