Ao g1, o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), informou que foram registrados 55 raios na cidade no último domingo (26). O meteorologista da Defesa Civil de Santos Franco Cassol ressaltou que há previsão de mais raios para os próximos dias.
Segundo o Elat, entre 2016 e 2019, Santos aparecia na 653ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros com maior incidência de raios. No estado, a cidade figura no 33º lugar entre 645 municípios.
As imagens obtidas pelo g1, nesta terça-feira (28), mostram os raios caindo na cidade. O especialista em climatologia Rodolfo Bonafim fez dois registros no bairro do Marapé, em Santos.
“Essa trovoada foi forte. Começou justamente um dia depois que a cidade de Santos registrou a temperatura mais alta do verão e do ano, com sensação de 49 graus”, afirmou.
Em uma foto que circula pela internet, feita na praia (acima), dá para ver a luz do relâmpago entre os prédios. De acordo com o meteorologista Franco Cassol, o raio desta foto não é dos mais comuns.
“O tipo de raio mais comum é intranuvem, ou seja, dentro da própria nuvem. Só pela foto não tem como saber qual foi o sentido, mas é mais provável que tenha sido nuvem-solo. O caminho da descarga de elétrons vai da nuvem para o solo”, explicou.
Tempestade de raios ilumina céu no litoral de SP e impressiona moradores — Foto: Rodolfo Bonafim
Casso disse ser normal a ocorrência dessas descargas elétricas na Baixada Santista, principalmente nessa época do ano. “As chuvas de verão, não só aqui região, mas em todo o sudeste do Brasil, costumam estar associadas com nuvens convectivas, que podem ser nuvens de tempestade com raios e chuvas fortes, geralmente na forma de pancadas passageiras”.
O climatologista Bonafim explicou ao g1 que embora as trovoadas aconteçam durante todo o ano, o fenômeno é mais intenso especialmente no final da primavera e do verão.
“Em dias quentes, temos a formação da nuvem cumulus, ou seja, a comum, aquelas nuvens fofinhas, igual as crianças desenham nas escolas. Com o calor e a umidade elas crescem muito e criam correntes de vento que sobem e descem muito rápido. Essa turbulência cria partículas de água e gelo, que criam descargas elétrica, ou seja, os raios. O trovão é apenas o barulho do raio”, esclareceu.
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Por: G1
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