Um tribunal de Moscou decidiu nesta quinta-feira (22) que o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich deve permanecer na prisão por acusações de espionagem até pelo menos o final de agosto, rejeitando o apelo do jornalista para ser libertado.
O repórter de 31 anos foi preso no final de março durante uma viagem de reportagem. Um tribunal de Moscou decidiu no mês passado mantê-lo sob custódia até 30 de agosto, mas seus advogados contestaram a decisão.
Gershkovich, vestindo uma camiseta preta e jeans azul claro, parecia tenso e andava dentro de uma jaula de vidro enquanto esperava o início da audiência no Tribunal da Cidade de Moscou. Em seguida, outros jornalistas no tribunal foram convidados a sair e o processo ocorreu a portas fechadas.
A decisão foi transmitida aos repórteres, que a assistiram em duas grandes telas de TV em uma sala separada do tribunal.
Enquanto esperava o juiz, Gershkovich sorriu e conversou com seus pais, que estavam presentes. A Embaixadora dos EUA, Lynne Tracy, também compareceu.
“Evan continuou a mostrar notável força e resiliência nessas circunstâncias muito difíceis (…) Essa diplomacia de reféns é inaceitável e pedimos à Federação Russa que o liberte”, disse ela a repórteres depois.
Tracy falou também que estava “extremamente desapontada” com a decisão, reiterando que Gershkovich era “um jornalista inocente” e as acusações da Rússia contra ele eram infundadas.
Gershkovich está detido na prisão de Lefortovo, em Moscou, famosa por suas duras condições. Tracy teve negado o acesso consular a Gershkovich em três ocasiões desde a última vez que ela o visitou na prisão em abril.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse a repórteres que o ministério está considerando outro pedido de visita da embaixada.
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Por: G1
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