A gravação foi feita sem o conhecimento do papa por alguém em uma sala com Becciu em julho de 2021, pouco antes do início do julgamento e enquanto o papa ainda se recuperava de uma cirurgia intestinal, informou o tribunal.
Os repórteres foram convidados a deixar a sala enquanto a fita era tocada, mas os advogados que ouviram disseram que Becciu pediu ao papa para confirmar que o pontífice havia autorizado um pagamento para ajudar a libertar uma freira que havia sido sequestrada na África.
Os advogados disseram que, na ligação, o papa parecia perplexo e confuso com o motivo da ligação de Becciu, e que o pontífice pediu repetidamente ao cardeal que lhe enviasse uma nota por escrito sobre o que ele queria.
Em 2018, Becciu, então a terceira pessoa mais poderosa do Vaticano, contratou a co-réu Cecilia Marogna, uma autointitulada analista de segurança, para libertar uma freira colombiana que foi sequestrada no Mali por um grupo ligado à Al Qaeda.
Marogna, de 44 anos, recebeu 575 mil euros da Secretaria de Estado, o departamento mais importante do Vaticano, de 2018 a 2019, quando Becciu trabalhava lá. O dinheiro foi enviado para uma empresa que ela montou na Eslovênia e ela recebeu parte em dinheiro, informou o tribunal.
A polícia descobriu que Marogna gastou grande parte do dinheiro para uso pessoal, incluindo roupas de marcas de luxo e visitas a spas.
Ela é acusada de peculato e Becciu é acusado por peculato, corrupção e abuso de poder. Eles, como os outros oito réus, negaram qualquer irregularidade.
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Por: G1
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