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Turista baleada na Times Square retorna ao Brasil e relembra momentos de tensão: ‘pensei que era bomba’

today11 de fevereiro de 2024 8

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Nunca tinha ouvido som de tiro e primeiro pensei que era uma bomba. Todo mundo começou a correr, eu fiquei tonta e senti uma dor muito forte no corpo”. O relato é da brasileira Tatiele Ribeiro Lemos, de 38 anos, baleada na perna durante assalto a uma loja esportiva na Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos, na última quinta-feira (8).

“Só fiquei sabendo no hospital [que foi um assalto]. Perguntei para os bombeiros se eu ia morrer porque quando eu vi minha perna e vi o buraco na calça, falei ‘meu Deus’. Passou tanta coisa na minha cabeça, pensei ‘vou morrer aqui sozinha'”, conta.

Tatiele Ribeiro Lemos, moradora de Campinas (SP), foi atingida de raspão durante assalto na Times Square — Foto: Tatiele Ribeiro Lemos/Arquivo pessoal



Troca de mensagens com marido

Tatiele relata que estava nos Estados Unidos a passeio somente com a sogra, já que o marido ficou em casa, no Brasil, com os filhos. No momento do assalto, ela estava sozinha na loja e conversava com o marido por meio de um aplicativo de mensagens.

Ao ser baleada, a turista contou com a ajuda de outras pessoas que estavam na loja para se esconder. Uma das vendedora usou um cachecol para fazer um torniquete improvisado na perna da brasileira. Neste momento, Tatiele decidiu enviar uma mensagem ao marido com um pedido de socorro.

“Mandei um áudio para o meu marido dizendo que tinha levado um tiro e mandei minha localização. Eu estava sozinha, minha sogra tinha ficado no hotel. Foi desesperador porque tinha pouca bateria no celular e pensei ‘vou desmaiar agora, não vou conseguir'”, diz.

Após a chegada da polícia, a brasileira foi encaminhada para o hospital NYC Health + Hospitals/Bellevue, onde recebeu atendimento e teve alta na sequência.

“Fiquei bem abalada, com uma sensação ruim de você achar que vai morrer. Horrível, ainda mais fora do seu país. Mas, graças a Deus, eles me trataram super bem. Tive total apoio da polícia, dos bombeiros, do consulado”, afirma Tatiele.

O autor dos disparos chama-se Jesus Lejenadro Rivas-Figueroa, tem 15 anos, e é um imigrante da Venezuela que entrou nos EUA em setembro. Jesus foi preso em Yonkers, em Nova York, após passar a noite foragido.

O assalto ocorreu por volta das 19h local (21h horário de Brasília) de quinta. A loja foi assaltada por três menores de idade, segundo John Chell, chefe de Patrulha da Polícia de Nova York. Dois deles foram capturados no local e têm 15 e 16 anos. Segundo Chell, os três frequentaram a mesma escola.

Os suspeitos furtavam roupas em uma loja no cruzamento da 42ª rua com a Broadway quando foram abordados por uma segurança da loja. Ao serem descobertos, Jesus Rivas-Figueroa puxou uma arma calibre .45 e atirou na segurança, mas errou e acertou a perna esquerda de Tatiele.

Um dos suspeitos foi pego dentro da loja, mas dois saíram correndo do local. Um deles foi pego logo depois, e Jesus foi preso na manhã de sexta (9). As autoridades até chegaram a colocar uma recompensa de US$ 13,5 mil (aproximadamente R$ 66,9 mil) para quem tivesse alguma informação sobre Jesus.

Segundo a polícia, Jesus Rivas-Figueroa estava hospedado em um abrigo temporário na Rua 70ª Oeste. Ele também é suspeito de um roubo à mão armada no Bronx em 27 de janeiro e outro incidente em Manhattan, quando tiros foram disparados e cápsulas de .45 foram recuperadas.

Venezuelano de 15 anos atira em uma brasileira durante assalto a loja na Times Square. Ele foi preso nesta sexta-feira (9) pela polícia de Nova York. — Foto: Reprodução

Perseguição policial na multidão

Jesus Lejenadro Rivas-Figueroa, o adolescente que atirou na brasileira Tatiele Ribeiro Lemos, fugiu da polícia em meio à multidão nas ruas de Nova York.

Segundo o chefe de polícia John Chell, um policial perseguiu Jesus por alguns quarteirões, enquanto ele tirava a jaqueta para tentar despistá-lo. Chell disse que o suspeito fez dois disparos enquanto corria, e um deles atingiu o policial, que não pôde atirar de volta para tentar parar o suspeito porque havia muita gente.

Chefe de polícia John Cell em coletiva de imprensa na Times Square nesta sexta-feira (8). — Foto: Reprodução/Polícia de Nova York

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Por: G1

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