A turista que tropeçou em um esqueleto e ficou impressionada pelo tamanho da ossada, que parece com uma ‘mão gigante’, encontrada na praia de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, contou ao g1, nesta terça-feira (22), que levou os ossos para casa, em Sorocaba, no interior de São Paulo, e pretende guardá-los como recordação.
Antes de colocar o esqueleto em uma caixa, no entanto, Letícia Santiago pretende saber a qual espécie ele pertence. “A gente quer descobrir se é de algum animal ou de alguma outra coisa”. À reportagem, o biólogo Eric Comin informou acreditar que os ossos são de um cetáceo, portanto poderia ser de baleia, boto ou golfinho, este último mais na região (leia abaixo).
Letícia informou não ter acionado os órgãos ambientais, e que a descoberta se dará a 200 km de Ilha Comprida, em Sorocaba. Sobre a visita ao litoral de São Paulo, ela resumiu dizendo que o final de semana de descanso ao lado do namorado e de familiares vai ficar para a história.
Esqueleto de ‘mão gigante’ encontrado em Ilha Comprida impressiona banhistas — Foto: Rinaldo Rori/g1 Santos
Letícia e o namorado caminhavam pela faixa de areia quando tropeçaram no esqueleto. Segundo ela, a primeira reação foi o susto, pela possibilidade de ser uma mão humana, mas logo o medo virou curiosidade, e ela resolveu publicar as fotos nas redes sociais para que alguém informasse a que espécie poderia pertencer a ossada.
A publicação teve grande repercussão: “[foi] um comentário atrás do outro, um falando que é sereia, outro que é baleia e outro que é golfinho. Não esperava essa repercussão e nem, por exemplo, de estar falando com você”, brincou em entrevista à reportagem do g1.
Turista que encontrou o esqueleto em Ilha Comprida viajou mais de 200km com a ossada para casa — Foto: Rinaldo Rori/g1 Santos
O g1 entrou em contato com o biólogo marinho Eric Comin que, ao observar as imagens, afirmou que o esqueleto é de um cetáceo, que morreu no mar. Com o tempo, segundo ele, a ossada foi parar na faixa de areia. O profissional disse inclusive que pelo estado da decomposição, e por haver só ossos, acredita que o animal tenha morrido há aproximadamente um ano e meio.
Comin, no entanto, explicou que para determinar exatamente a qual espécie pertence a ossada é preciso uma análise mais detalhada. Porém, acrescenta que, pelo tamanho, pode ser um golfinho, levando em consideração também que esse é um animal bastante comum na região.
De acordo com o biólogo, ao encontrar ossadas de animais marinhos na faixa de areia, a população deve comunicar os órgãos ambientais da região. Em Ilha Comprida, é o Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPEC).
Casal ficou impressionado ao encontrar esqueleto na faixa de areia em uma praia em Ilha Comprida — Foto: Arquivo pessoal/Letícia Santiago
O coordenador do IPEC, Henrique Chupill, declarou ao g1 que o esqueleto realmente pode ser de um cetáceo. Ele orientou os banhistas a entrarem em contato com o instituto em situações semelhantes.
“Sempre priorizamos deixar [as ossadas] na praia para que não interfira na ciclagem de nutrientes dentro do ecossistema. Eventualmente, quando tem algum interesse científico, recolhemos para que seja utilizado em estudos. Se for animal fresco, recolhemos para fazer necropsia e identificar a causa da morte”, esclareceu o Chupill.
Biólogo afirma que esqueleto encontrado em Ilha Comprida é de um cetáceo — Foto: Arquivo pessoal/Letícia Santiago
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