Vídeo mostra suspeito de matar jovem com rojão durante o Réveillon em SP; ASSISTA

O acidente ocorreu na praia do bairro Vila Mirim quando começou a queima de fogos na noite do dia 31 de dezembro. Um vídeo, obtido pelo produtor Luiz Linna, da TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, mostra o instante em que Elisângela é atingida (veja o video abaixo). As imagens mostram o momento em que o artefato ‘desvia no ar’, fica preso à roupa da vítima e explode no peito dela.

A investigação tenta identificar o homem que aparece nas imagens acendendo os fogos de artifício. “Por meio de imagens de monitoramento, nós conseguimos chegar em uma pessoa que trajava uma camiseta branca e uma bermuda vermelha”, explicou o delegado Alex Mendonça do Nascimento.

Novas imagens de uma câmera de monitoramento, obtidas pela polícia, mostram o homem com uma caixa e, depois, ele retorna com uma criança. Ele chegou na praia com um menino, às 23h27 do dia 31 de dezembro (veja o vídeo no início da reportagem).

“A Polícia trabalha como homicídio culposo, pela imprudência na instalação dessa caixa de fogos de artifício no meio de uma quantidade enorme de pessoas. Mas, nada impede que ele possa vir a responder por homicídio doloso, que ele acaba assumindo o risco de produzir resultado”, disse o delegado.

A Polícia Civil também recolheu, a poucos metros, uma caixa plástica enterrada na areia. O material será analisado pela perícia para saber que tipo de artefato atingiu e matou Elisângela.

Na mesma noite, há 7 km de distância, uma família foi vítima de outro rojão, na praia da Guilhermina, em Praia Grande.Três pessoas da mesma família ficaram feridas após serem atingidas de raspão por fogos de artifício durante a festa de Réveillon.

Uma semana após o caso, cena ainda está forte na memória da família. “A gente acorda assustado, tendo crise de ansiedade por causa disso”, disse Edgar Luiz Monteiro Panca, que foi atingido na perna por estilhaços do artefato.

Já a pedagoga Érika Panca, de 26 anos, teve queimaduras nas mãos e na barriga. “Eu achava que os fogos, o que poderia machucar era quando caiam as faíscas. Eu nunca imaginei que poderia vir na direção de alguém”, diz ela.

A dona de casa Natalia Costa Monteiro Panca, após uma semana do caso, reclama da audição. “Ainda estou com a cabeça meio aérea. Não estou conseguindo definir direito o que as pessoas falam comigo”, conta ela.

O artefato que atingiu a família não partiu da queima de fogos promovida pela Prefeitura de Praia Grande, que seguem normas de segurança. Ele foi disparado por alguém na multidão. Imagens do alto, obtidas pelo Fantástico, mostram os rojões sendo soltados em Praia Grande, no meio da aglomeração (veja o video acima).

Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2022, 339 pesosas foram internadas com queimaduras por fogos de artifício no país. “A má utilização pode causar de uma leve queimadura, perda de um sentido como por exemplo visão, audição, a amputação de um membro e até mesmo a morte”, explicou o capitão André Elias, porta-voz do Corpo de Bombeiros.

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