O Congresso deve aprovar até o fim da semana um pacote de US$ 45 bilhões em novos gastos para a Ucrânia, mas vive seus últimos dias de primazia democrata. Em janeiro, os republicanos assumirão o controle da Câmara, e a ala mais radical do partido demonstrou claramente a resistência a “assinar um cheque em branco para Kiev”, como observou o líder da maioria, Kevin McCarthy.
Embora ovacionado no plenário, Zelensky foi cauteloso como um equilibrista em campo minado, para não se fazer parecer tão vinculado ao presidente Biden e aos democratas. “Seu dinheiro não é caridade. É um investimento na segurança global e na democracia, que manejamos da maneira mais responsável.”
O apelo do presidente ucraniano era um recado aos republicanos sobre a necessidade de que mantenham a união bipartidária sobre a guerra. “Vocês podem acelerar nossa vitória”, assegurou. Boa parte o aplaudiu de pé, mas os mais radicais sequer compareceram. Os que estavam no plenário permaneceram sentados.
De acordo com o levantamento do site “The Hill”, 86 dos 213 republicanos assistiram ao discurso de Zelensky, num indício de que o tema desencadeará uma briga ruidosa no próximo ano legislativo. Se os moderados respaldam a ajuda à Ucrânia, os céticos alegam que a guerra de Putin não é de interesse americano e que seus gastos são excessivos e desviam a atenção das prioridades domésticas, como, por exemplo, o reforço da fronteira com o México.
Com a aprovação do pacote de US$ 45 bilhões, os EUA terão contribuído, desde o início da guerra, em fevereiro, com US$ 110 bilhões em assistência à Ucrânia. A visita repentina de Zelensky a Washington obedeceu a outro parâmetro – o climático.
O inverno chegou e, como observou o presidente Biden, vem sendo utilizado como arma de guerra pela Rússia, ao bombardear, com drones, a infraestrutura do país, deixando boa parte da população sem energia elétrica e aquecimento.
Zelensky voltou para Kiev dez horas depois, levando a promessa de Biden de entregar uma bateria de mísseis Patriot para ajudar a Ucrânia a se defender de ataques aéreos. É suficiente?, questionou o presidente ucraniano, para em seguida responder: “Honestamente, não”. Ele indicou que em breve estará de volta aos EUA para pedir mais.
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Por: G1
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