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Além do Brasil, outros 11 países manifestam preocupação com eleições na Venezuela

today28 de março de 2024 7

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Vizinha da Venezuela, a Colômbia disse que medidas tomadas pelo governo Maduro podem afetar a “confiança” da comunidade internacional nas eleições. Além disso, os Estados Unidos disseram ver uma “escalada perturbadora” no país sul-americano (leia aqui os posicionamentos).

Após o fim do prazo para inscrição de candidaturas, a coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, afirmou não ter conseguido registrar a candidatura de Corina Yoris.

Corina Yoris já havia sido escolhida porque a candidata inicial, María Corina Machado, havia sido inabilitada pela Suprema Corte venezuelana, alinhada a Maduro.



Em resposta a esse comunicado brasileiro, a chancelaria venezuelana emitiu uma nota na qual afirmou que:

Oficialmente, o Itamaraty não fez comentários sobre a reação venezuelana. Na condição de anonimato, um integrante da cúpula do ministério afirmou que a avaliação foi a de que, se respondesse, alimentaria o atrito diplomático de forma pública.

Essa fonte do Itamaraty ouvida pela GloboNews também disse que a nota venezuelana repete um padrão do regime de Maduro de relacionar críticas a uma suposta interferência dos EUA.

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O que disseram outros países

Veja nesta reportagem o que disseram:

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Oito países em comunicado conjunto

Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, um conjunto de oito países (Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai) manifestaram “grave preocupação” com o fato de Corina Yoris não ter conseguido registrar candidatura.

A situação, descrevem esses países, leva a questionamentos sobre a integridade e a transparência do processo eleitoral “em sua totalidade”.

“As restrições impedem o avanço na direção de eleições que permitam realizar um processo de democratização na irmã Venezuela”, afirmaram os países no comunicado conjunto.

“Nós pedimos que a situação seja reconsiderada para que […] o povo irmão venezuelano possa eleger livremente seu próximo governo”, concluíram.

Gustavo Petro quer promover a transição ecológica na Colômbia — Foto: Getty Images via BBC

Em comunicado divulgado nesta terça (26), o governo da Colômbia manifestou “preocupação” sobre a forma com a qual o processo eleitoral no país se desenrola, principalmente em razão da impossibilidade de registro da candidatura de Corina Yoris.

“A Colômbia expressa sua preocupação com os recentes acontecimentos […] particularmente com as dificuldades que enfrentam setores majoritários da oposição […], as quais podem afetar a confiança de alguns setores da comunidade internacional na transparência e competitividade do processo eleitoral”, afirmou a chancelaria de Gustavo Petro.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, em uma entrevista coletiva após a votação do plesbicito sobre o projeto de Constituição, em Punta Arenas, Chile, no último domingo, 4 de agosto. — Foto: AP Photo/Andres Poblete

Em meio às recentes prisões de opositores de Maduro, o governo de Gabriel Boric divulgou um comunicado em que diz que o governo venezuelano age de forma “contrária ao espírito democrático”. E acrescenta que a postura do regime contra opositores, por si só, já afetou o processo eleitoral no país e afrontou o Acordo de Barbados.

“O governo do Chile se soma aos chamados formulados por instâncias multilaterais de direitos humanos para que a Venezuela ponha fim ao assédio contra os opositores políticos”, afirmou o governo chileno.

O presidente americano Joe Biden — Foto: Leah Mills/Reuters

Sobre o mesmo episódio mencionado pelo governo chileno, o Departamento de Estado dos Estados Unidos — órgão responsável pelas relações internacionais do país — emitiu um comunicado no qual disse que a Venezuela vive uma escalada “perturbadora de repressão”.

“Essas ações, juntamente com a detenção de numerosos outros membros da oposição e da sociedade civil neste ano, bem como a contínua desqualificação de candidatos, minam a possibilidade de eleições competitivas”, afirmou o departamento.

“Para garantir uma eleição democrática, que corresponda às expectativas do povo venezuelano, Maduro e seus representantes devem seguir os compromissos que fizeram em Barbados em outubro de 2023”, completou o governo Joe Biden.




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Por: G1

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