Vídeo mostra primeiro trabalho internacional do artista visual de Santos (SP)
Um artista visual de Santos, no litoral de São Paulo, decidiu largar o emprego em uma agência de viagens para se dedicar ao muralismo – pintura feita em paredes. O empenho e o talento de Afonso de Oliveira, de 30 anos, fez com que ele fosse convidado a levar a arte para os muros de cidades em Portugal, Espanha, França, Holanda, Bélgica e Alemanha. (Veja o vídeo do primeiro trabalho internacional do artista acima).
Ao g1, Afonso contou que sempre foi uma pessoa que gostou de arte, porém, a vida adulta o distanciou dessa paixão. Durante a pandemia, sem poder trabalhar, decidiu aprender a pintar e logo foi chamado para participar de um projeto.
“Na época, eu não iria conseguir conciliar [a arte] com meu emprego. Dali em diante resolvi rasgar a minha carteira de trabalho e me jogar de vez na arte […]. Meu objetivo era fazer aquilo dar certo e tem dado. Não à toa a Câmara do Interior de Portugal me convidou para pintar”, afirmou.
Afonso de Oliveira, de 30 anos, é de Santos, no litoral de São Paulo, e decidiu sair para viver do muralismo — Foto: Arquivo pessoal
Afonso disse que já planejava fazer uma rápida viagem pela Europa, quando foi convidado para pintar um mural em homenagem a cultura local do Norte de Portugal. No país, novas oportunidades surgiram e o convite se estendeu para outras cidades do exterior.
Ele é de Santos (SP) e decidiu sair do emprego para se dedicar à arte
“Foi uma honra e uma responsabilidade gigantesca, como brasileiro, ser convidado para representar algo tão peculiar e que à princípio eu não conhecia. Acabou que eu transformei uma viagem de um mês em três“, lembrou Afonso.
De acordo com o artista, uma equipe é contratada para ajudá-lo a fazer os enormes murais no Brasil. No exterior, Afonso tem feito tudo sozinho. Para ele, a maior recompensa é o impacto que o trabalho causa em pessoas de diferentes idades e culturas.
“Quando eu terminava [o mural], me afastava e ficava olhando de longe. Mesmo sem estar ali, pintando, as pessoas paravam, observavam, interagiam e tiravam foto. Essa força de comunicar, despertar algum sentimento e gerar um impacto positivo através do trabalho, sem precisar nem abrir a boca, é impagável”, finalizou.
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