Uma ave exótica da espécie periquito-de-colar (Psittacula krameri), conhecida como Ring Neck [pescoço de anel, em português] fugiu de uma família em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ao g1, nesta segunda-feira (11) a comerciante e tutora Patricia Tratali, de 51 anos, contou que a Sol tem quase dois anos e está desaparecida há mais de 20 dias após fazer um buraco na tela de proteção do apartamento.
“A casa deixou de ter barulho. Ela preenchia [o espaço], a gente dava muita risada e era muito feliz com a presença dela aqui. Ficamos muito tristes, parece um pesadelo. Eu sonho com ela”, afirmou Patricia.
Segundo o ornitólogo Bruno Lima, que estuda as aves, todas as espécies que não pertencem originalmente a fauna brasileira são consideradas exóticas. Ele disse que o pássaro é original da Ásia e da África, mas se estabeleceu no Brasil após fugir de cativeiros. (Entenda mais sobre a ave abaixo).
Sol é da espécie periquito-de-colar e fugiu após fazer um buraco na tela de proteção do apartamento, em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
Sol fugiu no dia 21 de agosto, no bairro Canto do Forte. No mesmo dia, Patricia e o marido viram a ave em uma árvore. “Ela me viu, me chamou de mãe, mandou beijo e tudo. Em casa, chamava ela pelo nome e ela vinha, mas na rua é diferente. Ela até tentou fazer o voo para descer [da árvore] só que não conseguiu e foi para uma rua que eu não consegui localizar mais“.
Desde então, a família fez uma campanha nas redes sociais, distribuiu mais de mil panfletos e realizaram buscas constantes na cidade. À reportagem, Patricia afirmou que não desistirá de encontrar Sol. “Estamos arrasados porque é um membro da família”.
A ave é amarela, tem um ‘colar’ vermelho no pescoço e está com uma anilha, documento de identificação colocada na pata. Possíveis informações sobre Sol podem ser compartilhadas com o g1 Santos pelo WhatsApp (13) 99642-8654.
Família de Praia Grande (SP) disse estar muito triste após ave exótica de estimação fugir — Foto: Arquivo Pessoal
O ornitólogo Bruno Lima explicou que a espécie é adaptável. “Para a dona, pode ser um alívio saber que ela pode estar viva por conta dessa adaptabilidade”, afirmou.
No entanto, o especialista disse que uma espécie exótica pode ser um perigo, já que ela pode expulsar e trazer doenças às aves nativas e para população.
“Toda ave é portadora de doenças […], como psitacose [doença causada por bactérias encontradas principalmente em aves, mas pode ocorrer em pessoas]. O perigo principal é quando eles fogem e formam populações”, finalizou.
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