Pequeno Kauê nasceu durante parto em casa realizado pelo avô paterno, na manhã desta segunda-feira (8), em Cubatão, SP — Foto: Arquivo Pessoal
Um bebê nasceu no litoral de São Paulo, na última segunda-feira (8), graças as habilidades e auxílio do próprio avô. Em conversa com o g1 nesta terça-feira (9), Carlos Henrique Gonçalves de Oliveira, de 41 anos, afirmou que viveu momentos de ‘desespero’ e que nunca imaginou passar por isso: ‘Quem acabou fazendo o parto do menino fui eu’.
Oliveira é o avô paterno de Kauê, que nasceu em casa, por volta das 8h20, na Vila dos Pescadores, enquanto aguardava a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Nunca tinha presenciado algo desse tipo. Para falar a verdade, vi o parto do meu filho, mas foi de longe. Tive esse privilégio agora”, comemora.
O avô contou que acordou com o filho batendo na porta do quarto dele e dizendo que a bolsa da Bruna, a nora, havia estourado. Ele percebeu que a cabeça do neto já estava saindo e disse que não daria tempo de esperar a chegada do socorro. Mesmo sem experiência nenhuma, ele anunciou que realizaria o parto da criança.
Os pais da criança são o casal Kauan Freitas Gonçalves de Oliveira, de 20 anos, e Bruna Almeida, de 17. “Ela foi fazendo força. Pedi para a minha esposa pegar uma toalha e nisso que ela trouxe, o bebê já foi saindo. Enrolei ele no pano e deixei no colo da mãe. Chegou o Samu e eles tiraram o cordão umbilical”, disse o avô.
Funcionário do Samu de Cubatão (SP) realizou atendimento da jovem em trabalho de parto — Foto: Arquivo Pessoal
Ao g1, o técnico de enfermagem do Samu, Robson Cruz, contou que, apesar de ser pai, sempre se emociona durante a realização de um parto. “A emoção de torna grande porque você está ali contribuindo para o nascimento de uma vida”. “Quando ela nasce, a gente ouve o choro, é sensacional. Não tem preço, não tem salário, nada que pague a emoção de felicidade que nos dá”, explicou.
O profissional que participou do nascimento de Kauê afirmou que os funcionários do Samu passam por um treinamento para realização do procedimento. “É bom fazer esse tipo de atendimento, ver a alegria da mãe, ver que a criança está bem”.
“Agradeço sempre a Deus por me capacitar e ser um dos escolhidos dele atuando nessa profissão. Para mim é gratificante demais, amo trabalhar com isso e não me vejo trabalhando em outra profissão a não ser essa”, finalizou.
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