Amante de comida caiçara, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, tinha pratos preferidos, os quais almoçava ou pedia em casa quando sentia vontade. São eles o bacalhau e o polvo grelhado, especialidades do Porta do Sol, o Paquito, no Centro de Santos, no litoral de São Paulo, e o camarão à moda, o último que comeu no Mar Del Plata, na Ponta da Praia.
Neste primeiro restaurante, há mais de 40 anos ele tinha até mesa cativa. Ela fica nos fundos do restaurante, num espaço mais aconchegante e exclusivo, onde ele podia almoçar “em paz”, sem ter de parar para alguma foto ou autógrafo.
O dono do local, Francisco Carrera, o Paquito, diz que ao longo do tempo a frequência do Rei no local diminuiu, mas era costumeiro que, aos sábados, seu motorista buscasse seus pratos favoritos: bacalhau e polvo grelhado.
Paquito diz que se apaixonou pelo Santos aos seis anos, quando viu Pelé jogar pela primeira vez, na Vila Belmiro.
“Meu tio, santista roxo, me levou. Eu não tinha time definido. Era um jogo contra o Botafogo”, diz.
Ele lembra, ainda, de um jogo contra o Esportiva de Guaratinguetá. “Ele fez um gol depois de derrubar quatro zagueiros numa jogada. Tirou um por um. Parecia que nem tocava na bola. A inteligência dele era algo fora do real. Ele tinha inteligência junto ao corpo, fazia tudo ao mesmo tempo”.
No Mar Del Plata, a proprietária, Cristina Rodrigues, diz que Pelé também tinha mesa cativa. Uma bem no canto, próxima à porta, com vista para o mar. Ele costumava frequentar o local disfarçado, sempre de boné, para tentar evitar o assédio de fãs.
“Mas ele sempre foi muito simpático, respeitoso. Tratava todo mundo bem. Há muitos anos ele não vinha, mas a última vez que veio comeu o camarão à moda e o linguado. Ele adorava”, diz.
Ela disse que o Rei sempre pedia o mesmo prato. Conta, ainda, que recordará de Pelé sempre com muito prazer. “É um ícone do futebol, da nossa cidade, do mundo. Claro, a gente é egoísta, quer o ídolo perto. Mas também não queremos que ele sofra e ele vinha sofrendo. Hoje há outros ícones, como Cristiano Ronaldo, Messi, mas nenhum deles se compara ao Pelé. O Pelé é único e sempre vai ser”.
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