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Baixada em Pauta #139: Taiane Miyake conta os bastidores da vida de uma mulher trans e a longa batalha por dignidade

today15 de julho de 2023 6

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Taiane Miyake levanta a bandeira da luta pela causa LGBT+ há anos. E esse mais, segundo a própria, versa também sobre mais respeito e oportunidades. Hoje, quem a vê trabalhando como coordenadora de Diversidade em Santos, no litoral de São Paulo, não viu o ‘corre’, a luta diária, para chegar onde está, nem o que é feito para se manter, crescer e garantir dignidade e direitos à comunidade que representa.

Durante o bate-papo no podcast Baixada em Pauta, ela relembrou a trajetória até se descobrir mulher trans. A começar pelos desafios em casa, nos anos 70, quando o preconceito era ainda mais latente e, em decorrência dele, o pai a fez sair de casa.

A situação a fez atentar contra a própria vida e, em seguida, entrar para a prostituição, um caminho duro, mas, segundo ela, que a forjou para as batalhas.



“Tive que fazer prostituição para sobreviver, porque não era o que eu queria para mim, porque eu sabia que queria mais, e não estou aqui falando mal da profissional do sexo”, apontou.

Taiane Myiake fala sobre a luta pelas causas LGBT+ e o trabalho em Santos, SP — Foto: Reprodução

Taiane é militante da causa há mais de 25 anos. Essa foi uma das formas encontradas para fazer política, para se fazer ouvir. Deu certo, hoje atua na Prefeitura de Santos, na Coordenadoria de Diversidade, e tem participação garantida no recém-criado Conselho Municipal de Políticas LGBT para discutir assuntos ligados à comunidade e desenvolver projetos possam mudar vidas.

Ela também destacou algumas ações que já estão em prática e que valorizam a comunidade e aqueles que abrem as portas a esses cidadãos, como é o caso do ‘Selo Santos da Diversidade’, em que a prefeitura reconhece empresas pela inclusão e gestão de diversidade, pela responsabilidade social e pela imagem e posicionamento.

Taiane também destacou a assinatura de um decreto que dá respeito ao nome social [forma como alguém se autoindetifica] no pós-morte.

“Então, travestis e transexuais hoje, aquelas que não tiveram a chance de retificar o nome em vida, na lápide dela e no atestado de óbito, ela vai ter o direito de ter o nome social. Estamos dando dignidade humana”.

Você confere essa história e muitas outras no bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. Basta curtir as páginas e nos seguir!

Taiane Miyake foi a convidada da semana do podcast Baixada em Pauta — Foto: Marcelo Junqueira/g1 Santos

Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça.

Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia…

Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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