O presidente do Instituto Arte no Dique, José Virgílio, esteve no podcast Baixada em Pauta e contou sobre a trajetória de vida, sobre como começou a trabalhar de servidor público a produtor musical de famosos em Salvador, na Bahia, onde nasceu, antes de chegar a Santos, em 2002. Na região do litoral de São Paulo, desenvolveu e preside a entidade em comunidade situada a maior favela sobre palafitas da América Latina, um trabalho que se enche de orgulho.
Ao longo do bate-papo Virgílio, que foi diretor do Olodum, contou os diversos famosos com que trabalhou, como Margareth Menezes, Ivete Sangalo, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, entre outros. Entre as lembranças do tempo de glamour e rendimentos mais importantes, que o ajudaram a bancar os estudos de sete filhos, ele recordou o clipe gravado por Michael Jackson no Pelourinho.
Virgílio foi a voz do Olodum nas tratativas com a equipe do Rei do Pop e, quando se diz equipe, entenda-se Spike Lee. Era o cineasta, produtor, roteirista e ator norte-americano, quem fazia a ponte com Michael. [Você acompanha essa história do minuto 38 em diante]
Michael Jackson em ‘They don’t care about us’ — Foto: Reprodução
Ele contou, entre outras coisas, sobre a história da camiseta do Olodum, que Michael Jackson usou na gravação. O presidente do Instituto lembrou que Spike Lee se aproximou e falou que o cantor queria cada modelo usado pelo Olodum. Virgílio arranjou as roupas como símbolo mundialmente conhecido e que representa a paz.
“Ele rasgou, ele criou aquele modelo, não tinha aquele modelo. Ele customizou, os abadas são customizados”, brincou.
Do Glamour ao projeto na comunidade
Virgílio contou sobre como resolveu deixar o meio musical, como produtor, para atuar em um instituto com crianças, jovens e adultos de comunidades, principalmente naquela em que está inserido, dando a eles oportunidade de se instruir e trabalhar, sempre de forma profissional [trecho do 46’30 em diante]
Hoje, aproximadamente 500 pessoas são atendidas pelo projeto, que tem como objetivo promover a inclusão social e o desenvolvimento cultural e educacional. Virgílio falou que Gilberto Gil, de quem é amigo, foi fundamental para o projeto, dando o apoio necessário. [Do 51’45 em diante]
“É uma coisa de gerar oportunidade, não uma coisa assistencial”, diz orgulhoso, de tocar o projeto de forma profissional, com respeito aos inscritos e à comunidade.
José Virgílio, presidente do Instituto Arte no Dique, foi o convidado da semana — Foto: Reprodução
Você confere essa história e muitas outras no bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. Basta curtir as páginas e nos seguir!
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