Uma mulher, de 26 anos, contou ter perdido o bebê de 33 semanas por negligência médica. Ela disse ao g1, nesta terça-feira (29), ter realizado um parto normal no Hospital de Bertioga, no litoral de São Paulo. O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão da unidade de saúde, informou que médico obstetra foi afastado preventivamente.
Sabrina Monteiro Aguiar contou ter ido à unidade de saúde após sentir fortes contrações. Ela disse que, na última sexta-feira (25), por volta das 6h30, foi submetida a um exame de cardiotocografia fetal, que monitora os batimentos cardíacos do bebê, o movimentos e a oxigenação.
Segundo ela, os testes mostraram que o bebê estava bem. “Estava normal, ninguém me falou nada de diferente disso”. Desta forma, com dilatação suficiente para realização do parto, a equipe começou o procedimento do parto normal, momento em que Sabrina diz ter ocorrido a negligência.
“Ele [médico] pegou o fórceps [instrumento que auxiliar a retirada de um feto] e, quando eu percebi, falei pra ele tirar o instrumento. Ele falou pra eu não gritar, que eu estava fazendo a força errada”. contou.
Sabrina contou que o médico retirou o instrumento “com tudo” assim que ela fez o pedido. “Eu estava sentido que ele ia nascer. Eu fiz força e logo depois meu filho nasceu de parto normal. A enfermeira coloco ele rápido no meu colo e levou da sala”.
A mulher contou que já estava no quarto à espera do filho quando o médico entrou e avisou que o bebê tinha morrido. “O obstetra disse pra mim que ele nasceu e não resistiu, que eles tentaram a reanimação e não conseguiram”, relatou.
O Instituto Médico Legal registrou em laudo se tratar de um natimorto, quando a morte ocorre no útero após 20 semanas de gestação. A família registrou um Boletim de Ocorrência (BO) e o caso é investigado pela Polícia Civil.
Sabrina contou que fazia o acompanhamento da gestação e que o filho estava normal. “Como estava de 33 semanas, eu tinha feito um exame de ultrassonografia na quinta-feira (24) e meu filho estava bem”, disse ela.
“Eu quero uma resposta. Eles tiraram o direito de me despedir do meu filho”, disse.
Ela disse também que, durante o parto, o monitor que acompanhava os sinais do filho mostrava que ele estava vivo, com batimento normal. “Ninguém me falou nada de diferente disso”.
O BO foi registrado na Delegacia de Bertioga como morte suspeita, sem causa determinando aparente.
Segundo o INTS, responsável pela gestão do Hospital Municipal de Bertioga, a unidade iniciou uma investigação interna para apurar as circunstâncias do caso. Além disso, o médico obstetra responsável pelo caso foi afastado preventivamente.
A diretoria do hospital e sua equipe se solidarizaram e já se colocaram à disposição da família para dar todo o apoio e acolhimento e fazer qualquer esclarecimento nesse momento de dor.
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