G1 Mundo

Bomba atômica em Gaza e dúvida sobre mortes pelo Hamas: quando as vozes radicais se levantam em Israel

today6 de novembro de 2023 1

Fundo
share close

O ministro israelense do Patrimônio, Amichai Eliyahu, da extrema direita, e a deputada árabe Iman Khatib-Yasin, que integra o Parlamento israelense desde 2020 pela Lista Árabe Unida, expressaram, pela verborragia, mais um lado cruel do confronto.

Eliyahu sugeriu numa entrevista que Israel deveria jogar uma bomba atômica sobre a Faixa de Gaza como uma alternativa possível para Israel lidar com o Hamas. “Esta é uma das opções”, afirmou o ministro de Benjamin Netanyahu.

Lembrado de que há 240 reféns no território palestino, ele seguiu adiante.



“Rezo pelo seu regresso, mas há um preço a pagar na guerra. Por que as vidas dos sequestrados são mais importantes do que as dos soldados e das pessoas que serão assassinadas mais tarde?”. O ministro se opôs à entrada de ajuda humanitária em Gaza e assegurou que não existem civis não envolvidos com o Hamas no território palestino.

A deputada Khatib-Yasin, por sua vez, duvidou, em entrevista à emissora oficial do Parlamento israelense, que terroristas do Hamas tenham cometido estupros e assassinado bebês.

Eles não mataram bebês e não estupraram mulheres, pelo menos nas filmagens”, “Se tivesse acontecido, seria vergonhoso... Se tivesse acontecido”, ressaltou ela.

É interessante observar as reações das respectivas lideranças aos comentários inflamados manifestados pelo ministro e pela deputada.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que depende dos radicais para sobreviver politicamente, disse apenas que as declarações de Eliyahu “não são baseadas na realidade”. Israel nem sequer admite que tem armas nucleares.

Para os críticos, a punição do premiê a Eliyahu foi suave demais. É também um claro sinal de que Netanyahu não pode nem quer entrar em confronto com a coalizão extremista que o sustenta no governo.

Já o líder da Lista Árabe Unida — coalizão que representa os árabes israelenses e tem seis assentos no Parlamento — foi mais assertivo: Mansour Abbas defendeu a renúncia da correligionária Iman Khatib-Yasin, depois que ela expressou dúvidas sobre o massacre de 7 de outubro.

“Não há espaço em nossas fileiras para alguém que negue ou minimize a gravidade das ações que negam os nossos valores e a religião do Islã”, afirmou Abbas, que vem pedindo calma e moderação à comunidade árabe em Israel e, desde o primeiro momento, condenou o ataque do Hamas em Israel.

A deputada se retratou e se desculpou por suas declarações. “Cometi um erro, sinto muito e peço desculpas. Não tive intenção de minimizar ou negar o terrível massacre de 7 de outubro e os terríveis atos contra mulheres, bebês ou idosos que foram mortos no Sul”, atestou Khatib-Yasin, em comunicado.

O ministro Eliyahu, por sua vez, não se desculpou; apenas atribuiu a força de suas palavras sobre uma bomba atômica em Gaza a uma expressão metafórica. Como bem resumiu o jornal “Haaretz” em seu editorial, este esclarecimento é ridículo.

Em meio a conflito em Gaza, famílias palestinas dizem ser ameaçadas e expulsas por colonos israelenses de acampamentos na Cisjordânia

Em meio a conflito em Gaza, famílias palestinas dizem ser ameaçadas e expulsas por colonos israelenses de acampamentos na Cisjordânia




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

campo-de-refugiados-de-gaza-bombardeado-por-israel-e-o-maior-do-territorio-e-existe-desde-1948;-saiba-mais-sobre-jabalia

G1 Mundo

Campo de refugiados de Gaza bombardeado por Israel é o maior do território e existe desde 1948; saiba mais sobre Jabalia

O país afirmou que conseguiu matar Biari e "muitos outros terroristas". Para descrever o campo de Jabalia, a rede BBC entrevistou Tamara al-Rifai, da agência da ONU para os palestinos. É um campo pobre que existe desde 1948. A maioria da população depende de ajuda. Inicialmente, era um lugar só com barracas de lonas, mas depois foi substituído por casas simples. Há oito campos para refugiados no território, e esse […]

today6 de novembro de 2023 8

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%