Desde a semana passada, vem ocorrendo no Brasil uma série de manifestações por parte da imprensa e de políticos ligados ao governo, todas com o objetivo de recordar os protestos violentos de 8 de janeiro de 2023, quando a democracia no país teria sido ameaçada.
Na programação atual, até mesmo discursos de ministros do Supremo Tribunal Federal foram agendados, além do que já foi realizado por meio de reportagens e entrevistas com personalidades diversas.
A propaganda, como afirma o famoso dito popular, “é a alma do negócio”. Mas, infelizmente, nem sempre esse recurso é utilizado para retratar a realidade. E a sensação que temos ao enxergar o Brasil atual é exatamente essa: estamos diante de uma imensa e bem articulada campanha sistemática de engano?
Obviamente, não posso ter certeza, mas se ainda existe democracia neste país, significa que podemos ao menos duvidar, certo? Bom, disso parece que também não podemos ter certeza! O falso consenso sobre temas como tratamentos de saúde, fake news, sexualidade e a própria noção de democracia se transformou em instrumento de perseguição sobre o contraditório.
Experimente, por exemplo, dizer que duvida da segurança do sistema eleitoral, usando a sua voz e as suas mídias para isso, ou experimente dizer que uma mulher não é o mero resultado de uma construção cultural, mas o fruto de um conhecimento objetivo baseado na imutabilidade dos sexos definidos ainda no útero. Quem sabe ainda, tente argumentar que parte da comunidade médica mundial discorda dos protocolos adotados durante a última pandemia, especialmente no tocante ao público infantil. Quais seriam os resultados desses questionamentos?
Se a resposta para você, leitor, parece muito evidente, isto é uma prova cabal de que a tal “democracia” à brasileira que vivenciamos atualmente, infelizmente, pode ser chamada de qualquer outra coisa, menos de democracia.
Isso, porque, quando vivemos em um país onde a simples dúvida, discordância e, portanto, interpretações divergentes acerca dos fatos, geram ondas de “cancelamento” que não partem só dos críticos naturais, mas também de instituições e autoridades; onde também a intimidação pública mediante a reação de órgãos regulatórios e mandados judiciais foi banalizada a tal ponto que o estupro ao devido processo legal virou rotina de boteco, não há como sustentar que vivemos em um Estado de Direito.
Finalmente, como quem já sentiu na pele as dores da perseguição por defender causas legítimas em favor da vida, da família e da minha fé, sei qual é a importância de defendermos a democracia, repudiando quaisquer ações violentas, mas também as fantasiosas e autoritárias que são exercidas através da propaganda e da caneta.
Que neste ano sejamos um povo capaz de resistir à tirania dos verdadeiros tiranos, e ao engano dos marqueteiros que tentam transformar ideologias em dogmas inquestionáveis, tal como um conjunto de regras a ser santificado e adorado, mas cuja origem parte de uma agenda moralmente corrupta, maligna e teatral.
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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