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Brasileira que vive em Israel revela preocupação com familiares e sobrinha convocada para a guerra

today8 de outubro de 2023 12

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Com passagem de volta comprada para a próxima quarta-feira (11), Késia não sabe quando vai voltar a Israel. Isso porque há dúvidas sobre o funcionamento do aeroporto Ben-Gurion, o maior do país. “Essa é uma pergunta que não quer calar. O aeroporto está fechado. Estamos todos perplexos com os ataques surpresa”, disse.

Guia de turismo e musicista, Kesia vive com a família em Ramat Hasharon, cidade que fica na região central de Israel, vizinha a Tel Aviv, um dos alvos constantes do Hamas.

Lá, também vivem uma irmã da paraibana e duas sobrinhas, sendo que uma delas é reservista e foi convocada para a guerra contra o Hamas. Homens e mulheres israelenses, maiores de idade, são obrigados a cumprir o serviço militar.



“Moradores de comunidades adjacentes à Faixa de Gaza contam que terroristas armados, entraram nas comunidades disparando indiscriminadamente, tentando invadir casas e incendiando residências. Eles conseguiram perfurar grades, fronteiras, linhas de defesa com veículos, com metralhadoras, com bazucas, com granadas e todo tipo de armamento”, disse ela.

Kesia já está “acostumada” a ouvir barulhos das sirenes, que indicam foguetes nos céus, e a reação do Domo de Ferro, sistema de defesa antiaérea de Israel que intercepta e destrói no ar os foguetes oriundos de Gaza. Dessa vez, porém, a preocupação é com a dimensão do conflito, aparentemente, o maior em 50 anos.

“A natureza ampla deste ataque surpresa, as baixas civis e militares e os raptos em cidades e kibutzim israelenses irão necessariamente exigir uma resposta israelense muito forte”, disse.

O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. Israel foi proclamado no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território. Desde então, vários acordos já tentaram estabelecer a paz no território, mas sem sucesso.

Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em Israel deixou o país em estado de guerra.

As forças de segurança israelenses se reúnem em frente a um prédio em Tel Aviv, depois de ter sido atingido por um foguete disparado por militantes palestinos da Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023 — Foto: Jack Guez/ AFP

Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes foram lançados contra o país do Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades.

O Hamas ainda divulgou imagens mostrando o que seria um tanque israelense destruído.

Em ataque de represália, os israelenses atacaram Gaza. Eles destruíram um prédio de 11 andares, a Torre Palestina.

No começo da noite [pelo horário local], o Hamas voltou a atacar. Dessa vez, disparou mísseis contra a cidade israelense de Tel Aviv.

O grupo palestino Hamas realizou um ataque surpresa no sul de Israel nas primeiras horas deste sábado (7) — Foto: Getty Images/Via BBC

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo como um todo, ou em alguns casos sua ala militar, é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.

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Por: G1

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