No início do mundial, Florencia e Matheus, que nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, também comemoravam a primeira Copa do filho, Theo Peres, que nasceu há pouco mais de dois meses. De acordo com o pai, o recém-nascido sente a ‘vibração’ do mundial.
Brasileiro que mora no Catar com a esposa Argentina acredita que quando o filho crescer torcerá para as duas seleções — Foto: Arquivo pessoal
A mãe diz que o pequeno nem precisa da camisa azul e branca, pois já tem a nacionalidade argentina. Já o pai do bebê acredita que o filho, no futuro, irá torcer pelas duas seleções, brasileira e argentina. “Mas, claro que ele vai torcer mais pelo Brasil, o campeão dos campeões”, brincou.
Sobre a expectativa para o jogo da final, Matheus afirmou que como brasileiro é difícil torcer pela Argentina, mesmo indo ao estádio e vestindo a camisa azul e branca. Porém, ele ressaltou que está na torcida pelo Messi. “Por tudo que ele [o Messi] fez no futebol, ele merece o mundial”, disse o santista.
“O amor da minha vida é argentina, então vale a pena torcer pela Argentina, pois quero vê-la feliz. E também porque o sofá em casa é muito duro, não dá para dormir no sofá não [risos]. Ah, e a Argentina ganhou o torcedor mais importante, que é o Theozinho”, disse, sorrindo.
Florecia e Matheus acompanham os jogos ao vivo, diretamente dos estádios no Catar — Foto: Arquivo pessoal
Florencia também comentou sobre a expectativa para o jogo da final e sobre a ‘rivalidade’ entre Brasil e Argentina. “Eu não sou super fanática, então para mim é muito engraçado torcer para um ou torcer para o outro. Meus amigos na Argentina falam: ‘ah, você é uma vendida, vendeu a sua alma’. Eu não vendo nada! Sobre a Argentina estar na final, eu acho legal, porque agora o Matheus também pode celebrar [risos]”.
“Eu vou finalizar a entrevista citando uma coisa: na América Latina, só a Argentina”, brincou Florencia.
Argentino Sérgio Levy, que mora em Santos, palpita que o placar do jogo contra a França será 2×1 para a Argentina — Foto: Arquivo pessoal
Já o argentino Sérgio Levy, que mora no Brasil há 26 anos. Atualmente, ele vive em Santos, no litoral de São Paulo, e comentou que a competitividade entre o Brasil e a Argentina é como uma rivalidade entre vizinhos, algo que ele pontuou que sempre existiu.
O proprietário de um restaurante, que vende pratos típicos da terra natal, também falou sobre uma frase que leu em Buenos Aires, na Argentina. Para ele, a frase traduz bem o sentimento entre brasileiros e argentinos.
Sério Levy, de 63 anos, é argentino e mora no Brasil há 26 anos; ele torce para ver o Messi levantar a taça no final da Copa do Mundo — Foto: Arquivo pessoal
“Ele [o jornalista] escreveu algo que foi mágico: ‘os argentinos odeiam amar tanto os brasileiros, mas os brasileiros amam odiar os argentinos’ [risos]. Achei isso brilhante, muito interessante! Ele tentou explicar esse relacionamento em poucas palavras”, declarou.
Mesmo com a ‘rivalidade’, Levy lamentou que o Brasil não esteja na final, para disputar a taça contra a Argentina. “O que eu queria desde o começo era que a taça ficasse aqui [no Brasil] ou na Argentina. Infelizmente, não deu para o Brasil, mas vamos torcer para que dê para a Argentina”.
Grupo de argentinos deve se reunir para assistir a final Copa do Mundo, no restaurante de Sérgio Levy, em Santos — Foto: Luciana Moledas/g1 Santos
A torcida para a seleção azul e branca se reunirá no estabelecimento de Levy para assistir ao jogo contra a França. Ele afirma aguardar argentinos, mas também, segundo ele, devem ir brasileiros ‘fanáticos pela Argentina’, que torciam pelos ‘hermanos’ desde o início da Copa.
“Criar expectativa pode gerar muitas frustrações. Não sou muito amigo de expectativas, mas eu tenho um desejo fora do patriotismo, que é ver o Messi levantando essa taça antes de se retirar do futebol, porque ele realmente merece”, finalizou Levy.
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