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Brasileiro que alegou ter carne humana em mala é condenado a internação na Holanda; ele matou amigo por medo de ser ‘devorado’

today8 de fevereiro de 2024 11

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O mineiro Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, foi condenado pela Justiça holandesa a internação compulsória para tratamento psiquiátrico e a pagamento de indenização à família de Alan Lopes, de 21, assassinado em fevereiro de 2023.

Segundo o Poder Judiciário daquele país, Begoleã é esquizofrênico. O veredito foi proferido nesta quinta-feira (8).



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Kamila Lopes, de 26 anos, conversou por telefone com a reportagem do g1 Minas e disse que a Justiça determinou que a mãe dela receba 21 mil euros de indenização, e o pai, 17 mil euros.

Segundo a Justiça holandesa, essas indenizações são para suprir o dano e o trauma causados pelo assassinato de Alan.

Kamila falou ainda que a família dela está satisfeita com a sentença e que não pretende recorrer da decisão judicial, desde que os parentes de Begoleã também não recorram.

“A gente já imaginava essa condenação. Ficamos satisfeitos com a sentença”.

Com relação ao tratamento psiquiátrico, ela disse ao g1 que a internação é por tempo indeterminado e que Begoleã será liberado somente quando estiver curado e puder conviver novamente em sociedade. O tratamento será pago pelo governo holandês.

Para a Justiça, contou a irmã de Alan, o crime foi premeditado, porque, antes do assassinato, Begoleã pesquisou na internet a pena para homicídio na Holanda. Além disso, ficou comprovado que o homicídio não foi por legítima defesa, já que não houve luta corporal entre vítima e condenado.

O g1 ligou para a mãe de Begoleã, mas as ligações não foram atendidas.

Nos autos judiciais consta que Begoleã cresceu no Brasil e foi para Holanda no início de 2020. Ele queria começar uma carreira como kickboxer e encontrou uma academia em Amsterdã, onde treinava de quatro a cinco dias por semana.

Ainda segundo o documento, o condenado tinha vários empregos, mas ganhava pouco e tinha dificuldade em encontrar um lugar para dormir. Alan e a mãe dele ofereceram abrigo por algum tempo.

Havia um grupo de brasileiros em Amsterdã do qual Begoleã e Alan faziam parte. O condenado e a vítima também viveram algum tempo numa casa com outros rapazes, e Begoleã teve dificuldades para pagar as despesas, o que tornou incerta a permanência dele na Holanda.

Então, ele ligava para amigos e conhecidos pedindo abrigo, e Alan o ajudou várias vezes a encontrar um lugar para ficar.

Ministério Público holandês

Ainda de acordo com o MP, o crime, ocorrido em 26 de fevereiro de 2023, foi planejado. A vítima foi morta a facadas dentro de casa.

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Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, ele pretendia viajar para Belo Horizonte e apresentou um cartão de identidade italiano, além de portar outros documentos de identificação em nome de terceiros, o que levantou suspeitas.

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Por: G1

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