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Ele também relatou que foi bastante agredido até ser liberado pela polícia na noite de quarta (10).
“Ao entrar nesse veículo, passando por um certo lugar, parou o carro abruptamente, e já entraram, me forçando sair e entrar em uma casa. Tinham homens armados, violentos. Eu obviamente não me entreguei fácil. De início isso foi pior, me machucaram, me bateram muito para facilitar. E assim que eu já não podia mais, me amarraram, e me deixaram no chão da cozinha.”
Ainda de acordo com os relatos de Thiago, os criminosos fizeram inúmeras ameaças e queriam contatos de familiares e amigos para que pudessem pedir dinheiro.
“E começaram a pedir contatos, tudo que eu tinha. Eu não tinha muitos, começaram a enviar muitas mensagens já pedindo dinheiro, ameaçando com armas, facas. As armas não me pareciam de verdade. Mas uma que me bateram na cabeça, essa sim parecia de verdade, tanto que me deixou tonto. Eu fiquei 31 horas e para mim tinha sido dois dias lá. Não tinha noção do tempo.”
“É a possibilidade de ter uma segunda chance. Quero tranquilizar que estou bem, e o pior já passou. Muitas coisas ainda não posso falar, mas quero agradecer todos”, completou no vídeo.
O Itamaraty confirmou com autoridades policiais equatorianas a informação que ele tinha sido libertado na tarde de quarta. A notícia tinha sido divulgada primeiro por um irmão de Thiago, Eric Lorran Vieira.
Brasileiro sequestrado no Equador — Foto: Reprodução/Instagram
Thiago vive há cerca de três anos no país. Ele é de São Paulo e morava em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, antes de se mudar para o Equador, onde tem uma empresa que faz churrasco brasileiro.
Nas redes sociais, o empresário mantém uma página profissional e uma pessoal, que é privada. A da churrascaria tem mais de 8 mil seguidores. Nas postagens, Thiago apresenta os pratos com decoração brasileira e usa camiseta da Seleção brasileira.
Segundo a família, há cerca de um ano ele levou os três filhos para o país. Os mais velhos aparecem em vídeos ajudando o pai.
Brasileiro faz churrasco no Equador — Foto: Reprodução
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Em vídeo nas redes sociais, Gustavo, um dos filhos de Thiago, afirmou na terça-feira (9) que a família pagou parte do resgate e estava desesperada por não ter o restante do dinheiro (veja vídeo abaixo).
“Meu nome é Gustavo, eu sou filho de Thiago. Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2. Precisamos de verdade. Estamos desesperados.”
Uma brasileira amiga da família afirmou à GloboNews que todos estavam “angustiados”, tentando arrecadar o valor pedido pelos sequestradores.
O Equador vive uma crise de segurança há dois dias depois da fuga de um chefe de quadrilha do presídio em que estava. A escalada da violência inclui a tomada de uma emissora de TV ao vivo por criminosos.
Em resposta, o presidente Daniel Noboa declarou estado de exceção por 60 dias em todo o país, inclusive nas prisões. A medida inclui um toque de recolher de seis horas, a partir das 23h locais (1h de Brasília).
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Por: G1
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