Uma cadelinha, de apenas 7 meses, ganhou uma nova vida após ser abandonada e resgatada em São Vicente, no litoral de São Paulo. Paraplégica, Caracol recebeu uma cadeira de rodas e, dois meses após ser retirada da rua, ela aproveita a companhia da nova família que a acolheu – incluindo outros nove “aumigos” (assista acima).
Caracol foi encontrada dentro de uma caixa de papelão por um morador na Rua Equador, no bairro Parque São Vicente, e levada pela Unidade Básica de Saúde Animal (Ubasa) de São Vicente. Um exame de raio-X identificou a má-formação congênita na bacia e na cabeça dos fêmures, que a levou à paralisia das patinhas traseiras. Aos poucos, ela conquistou o coração dos profissionais da unidade.
“Esse apelido Caracol se deu porque ela chegou toda enroladinha e a gente nem sabia sobre esses problemas nas patas traseiras. Foi através de um exame, feito pela Dra. Juliana, que descobriram. Ela estava com miíase [larvas] também”, contou o agente de combate a endemias Adilson Chagas dos Santos.
O agente topou o desafio de uma médica veterinária e confeccionou a cadeirinha, na própria casa, com hastes de barraca, rodas de um carrinho e cinto de paraquedista para a cadelinha. Segundo ele, a adaptação de Caracol foi instantânea.
A pequena vira-lata foi cuidada pelos profissionais da Unidade Básica de Saúde Animal (Ubasa) de São Vicente, e depois, foi colocada para a adoção. No início da semana, Caracol chamou a atenção da funcionária pública Andréa Santiago.
Ela e o marido se apaixonaram à primeira vista pela cadelinha e decidiram adotá-la. “Quando chegamos em casa, ficamos encantados”, revelou a mulher de 52 anos, em entrevista ao g1.
“É uma felicidade imensa vê-la hoje, com qualidade de vida melhor, com a tutora em um lar. É o nosso objetivo na Ubasa, cuidar dos animais. Chega animal atropelado, abandonado, machucado, e a gente faz o melhor possível para dar um destino melhor a eles”, afirmou Adilson.
Cadeirinha que Adilson construiu para a pequena Caracol em São Vicente (SP). — Foto: Arquivo pessoal
Andréa explicou ao g1 que Caracol lembra muito Amora, uma cadelinha que ela tinha e morreu após contrair cinomose – doença infectocontagiosa – há quatro meses. Esse foi um dos fatores que emocionaram a família inteira, incluindo as duas filhas do casal, outros nove cachorros e a irmã de Andréa, que mora na casa dos fundos e sempre fica de “babá” da pet.
A funcionária pública levou um dos cachorros para agendar castração na Ubasa quando viu Caracol deitada, “tomando um solzinho” e logo quis saber mais sobre ela. Quando chegou em casa, ganhou apoio do marido e os dois foram buscá-la.
“Ficamos encantados. Minha filha do meio, que era apaixonada pela Amora, pegou a cachorra e começou a chorar de emoção. Ela virou um trabalho em equipe, todo mundo se dedica a ela”.
Caracol pronta para o Natal deste ano — Foto: Arquivo pessoal
Caracol, agora, tem um lugar confortável para dormir, “irmãos” para brincar e muito carinho. Para Andréa, a adoção foi sinônimo de união para a família. Quem vê a cadela quietinha não imagina o que ela “apronta” dentro de casa. Muito brincalhona, a cadela corre de um lado para o outro e desfruta de todo o amor que a nova família tem para dar.
“A gente tenta dar comidinha em cima da caminha dela, que é um tapetinho. Quando ela vira [a comida] é em cima dele. Para beber água, ela levanta sozinha e vai até o corredor, bebe bastante. A cadeirinha eu tento colocar duas vezes por dia”.
Caracol com os novos tutores e dentro da nova casa, em São Vicente (SP). — Foto: Arquivo pessoal
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