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Calor e incêndios na Grécia levam à retirada às pressas de 30 mil pessoas de ilha turística

today23 de julho de 2023 5

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O vento forte contribui para a propagação das chamas, enquanto a temperatura tem subido acima dos 42 °C. Um incêndio fora de controle no leste da ilha levou à evacuação a barco de cerca de 2 mil pessoas no sábado, enquanto outras 30 mil foram abrigadas em ginásios, escolas ou centros de conferências durante a noite.

Panagiotis Dimelis, um vereador local do vilarejo de Archangelos, descreveu na Skai TV “uma situação sem precedentes”. Durante a noite de sábado para domingo, as chamas atingiram a aldeia de Laerma, queimando casas e uma igreja, segundo o canal de televisão ERT e a agência grega ANA. Muitos hotéis também foram afetados e o fogo se espalhou para as aldeias costeiras de Kiotari e Gennadi Lardos.

A luta para conter o fogo levará mais alguns dias, segundo as autoridades. O vento, que sopra forte, “deve aumentar entre o meio-dia e as 17h locais”, alertou o porta-voz do bombeiro Vassilis Vathrakoyiannis.



O Ministério das Relações Exteriores da Grécia abriu uma unidade de crise em Atenas para facilitar a repatriação de turistas estrangeiros.

Neste domingo, os termômetros devem subir a 44°C em alguns lugares do país, que “provavelmente” enfrenta a mais longa onda de calor já registrada na história grega, podendo chegar a 17 dias seguidos, segundo o observatório meteorológico nacional. Todos os sítios arqueológicos, como a famosa Acrópole de Atenas, permanecerão fechados durante os horários de pico do calor.

“Precisamos de vigilância absoluta (…) porque os tempos difíceis não passaram”, alertou o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, na sexta-feira. Na superfície do mar, o mercúrio estava 2 a 3°C acima do normal, anunciaram os serviços meteorológicos no sábado.

Desde o início do verão, o calor atingiu dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo e julho pode ser o mês mais quente já documentado na Terra, de acordo com previsões de especialistas das mais respeitadas agências, como Nasa americana e a europeia Copernicus.

Situação nos Estados Unidos e Canadá

Nos Estados Unidos, cerca de 80 milhões de pessoas vão sentir temperaturas de 41°C e mais neste fim de semana, alertaram os serviços meteorológicos americanos (NWS). Os termômetros podem subir para mais de 46°C em Phoenix, Arizona (sudoeste), que atualmente está passando por sua maior onda de calor já registrada: sexta-feira, a temperatura ultrapassou 43°C pelo 22º dia consecutivo.

A 500 quilômetros de distância, na Califórnia, o Vale da Morte e suas temperaturas mais altas do planeta atraem turistas, que querem tirar uma foto ao lado de uma tela que exibe um número elevado. Há quem espere que o recorde absoluto da Terra, de 56,6°C registrado neste local em 1913, seja batido.

Um homem de 71 anos morreu na região no início desta semana e os guardas do Parque Nacional do Vale da Morte suspeitam que “o calor desempenhou um papel” em sua morte, o que a tornaria a segunda do ano nessas circunstâncias.

No restante de julho, a onda de calor deve se mover em direção ao centro dos Estados Unidos, ao lado das Montanhas Rochosas e das Grandes Planícies do Centro-Oeste, segundo a Agência Americana de Observação Oceânica e Atmosférica (NOAA).

No Canadá, palco de inundações recordes devido a chuvas torrenciais, quatro pessoas, incluindo duas crianças, foram dadas como desaparecidas na província de Nova Escócia, no leste do país, informou a polícia.

“Algumas regiões já receberam mais de 150 mm de chuva”, sublinharam os serviços meteorológicos, especificando que se prevê uma precipitação adicional “de carácter tropical”, de pelo menos 40 a 100 mm.

Saiba por que é possível morrer de calor

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El Niño e mudanças climáticas

Julho está a caminho de quebrar o recorde do mês mais quente já registrado na Terra, não apenas no período em que as medições foram feitas, mas também em “centenas, senão milhares de anos”, disse o climatologista-chefe da NASA, Gavin Schmidt, a repórteres.

Isso não se deve apenas ao El Niño, o fenômeno climático cíclico que se origina no Oceano Pacífico e causa o aumento das temperaturas globais, afirmou. Para o especialista, as temperaturas extremas vão persistir porque “continuamos a emitir gases com efeito de estufa para a atmosfera”.

Em comparação com a era pré-industrial, o mundo está experimentando um aquecimento próximo a 1,2°C devido à atividade humana, essencialmente devido à combustão de energias fósseis, como carvão e petróleo.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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